Para os entendidos é
incontestável que qualquer jogador que fale português de berço, mesmo que tenha
nascido em Bissau, Campinas ou Alcoentre, é um potencial mago da bola. Então se
compararmos com um sérvio, mesmo internacional, o luso ou descendente de luso torna-se
automaticamente um potencial aspirante a Maradona. Existe inclusive um
campeonato de jogadores que são selecionados. Não há taça, não dá acesso a
ligas europeias, mas o vencedor tem lugar no Olimpo dos jornais desportivos.
Outra verdade incontestável do
nosso futebol é o potencial infinito da juventude. As camadas jovens em Portugal
não chegam a ter futuro, o presente é imediato. Um clube que não aposte nos
seus jovens é um clube acabado, à beira da falência, pior, é um clube imoral, é
a vergonha do desporto nacional.
O curioso é que o clube que mais
apostou nas suas camadas jovens, nos últimos 10, 20 ou 30 anos, praticamente não
ganhou nada. Em Portugal e na Europa. Em contraponto, o FCP, que talvez seja
quem aposta menos, tem dominado quase na totalidade a modalidade no último
quarto século.
Os factos têm destas coisas, são
teimosos. Mas não são mais teimosos que os entendidos. Estes, com a força da
sua verdade, vão continuar a tentar empurrar o Benfica para uma crescente
Sportinguinzação. As parangonas de hoje nos jornais, dois deles em bela
sintonia, representam a habitual estratégia concertada para a fragilização competitiva
do clube. Se calhar têm de nascer 10 vezes para o conseguirem.
JL
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