POUCAS E SOLTAS À VOLTA DO EMIRATES

Os jogos de pré-época valem o que valem e seguramente menos pelos resultados em si do que pelas indicações que vão deixando.

Pessoalmente prefiro defrontar boas equipas, mesmo que em estádios mais adiantados de preparação: nunca consegui perceber qual a utilidade de andar a distribuir goleadas a equipas semi-profissionais ou mesmo amadoras.

A pré-época terminou e não deixa saudades.

Deixa, porém, muitas questões e motivos para reflexão.

Algo bem diferente, todavia, do enterro antecipado que algumas carpideiras dentro e fora do universo benfiquista se apressam a fazer a este Benfica versão 2014-2015.

É assim o oito-oitentismo da nação benfiquista: bem mais lesto a encher o Marquês na hora da glória do que a saber esperar e apoiar a equipa quando tudo parece correr mal.

Correu particularmente mal este Torneio Emirates.

Acima de tudo, considero lamentável que um clube como o Benfica desbarate o seu prestígio internacional, não preparando convenientemente a presença num torneio tão importante e com tanta visibilidade global.

O prestigio europeu do Benfica foi construído e alicerçado durante décadas; não é exagero semântico dizer que custou sangue, suor e lágrimas a muitas gerações de heróis de camisola vermelha.

Desbaratá-lo por simples incúria, desleixo ou falta de profissionalismo é lamentável e não falo, obviamente, de Jorge Jesus nem dos jogadores.

Jesus assumiu o seu papel, carregando a sua cruz e dando a cara, mal ou bem.

Quanto aos jogadores deram o que foi possível mas claramente uns não puderam mais e outros não sabem mais.

Artur tornou-se um problema irresolúvel.

Os dois frangos são apenas a evidência que Artur não tem já condições para ser guarda-redes do Benfica e ponto final parágrafo.

A julgar pelo que vamos lendo é problema para estar resolvido lá para o início da época de 2018-2019.

Há por aí uns líricos que atingidos por um síndroma de lagartice aguda, acham que a formação é a solução miraculosa de todos os problemas do futebol do Benfica.

A estes respondo: João Cancelo.

Se tivesse 2 neurónios talvez pudesse tornar-se um bom lateral direitoões de hercustou a muitas geraçasi construnum tornio tio internacional, nalodos os ; assim não passa de um equívoco que frequentemente põe a equipa em sarilhos.

Ou por correrias e incursões ofensivas sem pés nem cabeça ou por fazer bonitos em zonas defensivas e invariavelmente perder a bola.

Uma barata tonta, em suma, que prova que por ali, pode Maxi Pereira estar tranquilo.

Djavan e Luís Filipe: quem explica estes negócios e o porquê destas contratações?

Nelson Oliveira: uma vez mais, parece carta fora do baralho.

Para alguns indignados será um crime de lesa futebol.

Para mim é tão-somente um caso de ego inflacionado, não deixando, porém de ser uma pena.

E um desperdício.

Jara: Jesus pode trabalha-lo técnica e tacticamente, é verdade, mas não pode dar-lhe um bem precioso: a inteligência.

Custou 5 milhões e não se vislumbra retorno. Desportivo ou financeiro.

Enfim, daqui a uma semana começa a época oficial.

Temos, portanto, uma semana para assegurar a continuidade de Enzo e Gaitán, encontrar um guarda-redes que dê tranquilidade e confiança à equipa e comprar 2 ou 3 jogadores de classe e potencial indiscutíveis.

Vieira vai tranquilizar a nação benfiquista e vamos começar a nova época como terminamos a última: a ganhar.

Será demasiado complicado?

RC