Se as vitórias trazem felicidade,
o contrário não é, de todo, verdadeiro.
Os atletas que profissionalmente
representam o nosso clube têm uma situação invejável a nível nacional. Bons locais
de treino, não andam com a casa às costas como outros bem perto de nós. Ginásio,
fisioterapeutas, médicos e outros luxos. Recebem bem e a tempo e a horas, outra
raridade no nosso panorama desportivo. Têm ainda o prazer de serem tratados como
estrelas televisivas. São “especiais” aqui, “sair com” acolá, entrevistas no
facebook, um sem número de palmadinhas nas costas que fazem qualquer ser humano
feliz e generoso.
Se o andebol tem tido um desenvolvimento
exponencial ao nível da formação, no que diz respeito à equipa principal, o seu
desempenho roça o ridículo. Não pelas derrotas constantes contra equipas
substancialmente inferiores, mas porque é o plantel mais caro do país, porque
já se arrasta a uma serie de anos e treinadores. É um desbaratar de
investimento quase pornográfico.
Mais uma chicotada? Talvez. A
dúvida é quem pega no chicote. Quando há assinaturas de contratos ou conferências
de imprensa muitos aparecem, mas para assumir ruturas, dar face por projetos, o
Benfica ao nível das modalidades não tem uma cara. Porquê? Porque quem decide e
responde perante a Direção (talvez seja só o Presidente) é um dos muitos
assessores presidenciais, que até podem ser de um extremo profissionalismo (e
de chorudo ordenado) mas não foram, nem nunca serão, escrutinados pelo voto dos
sócios.
Quando os jogadores chegam à porta
5 do pavilhão depois de mais uma vergonhosa derrota, quem os espera? O vice das
modalidades e casas do Benfica? A coordenadora do projeto olímpico? O treinador
da equipa de basquetebol? O tal assessor? Não, o habitual segurança e o
simpático empregado do pavilhão.
JL
A solução è simples: extinção pura e simples.
ResponderEliminarO que não se pode é continuar a desperdiçar dinheiro e a queimar treinadores, com os meninos a ficarem impunes e tratados como estrelas.
Acabou!