Como imaginamos o
desaparecimento de Pinto da Costa? Benito Mussolini esteve pendurado de cabeça
para baixo numa praça pública. O Hitler Suicidou-se. Ceausescu foi fuzilado.
Saddam Hussein enforcado. Mas todos tiveram algo em comum, já estavam
politicamente mortos e enterrados algum tempo antes da morte física.
Pinto da Costa tem
sintomas de morte desportiva? Talvez as noticias sobre a sua morte sejam
exageradas. Talvez. A derrota perante o arruaceiro do Lumiar não foi só no
relvado. A incapacidade para chegar ao acesso directo à Liga dos Campeões
parece evidente. O Sporting neste campeonato aparenta dominar os meandros
das decisões. Pelo menos ao nível da Liga. O Proença em Alvalade fez o que era impensável
até recentemente. Ontem o Mota fugiu de qualquer decisão que pudesse levantar,
mesmo que mínima, a suspensão de benefício ao Benfica.
Já dizia a
filósofa que o contrário de estar morto é estar vivo. E se Pinto da Costa não
está morte, está vivo. E vivo é o Pinto da Costa de sempre. E não sendo
jurista, parece-me mais justa esta participação disciplinar do Porto que aquela
rábula dos três minutos da Taça da Liga.
O Sporting efectivamente fez coacção sobre os árbitros.
Aliás não tem feito outra coisa desde o início do campeonato. E não foi uma
coisa imperceptível, subtil, por baixo da mesa. Foi com estrondo, pedradas, manifs
e comícios. Foi com hooligans no palco da sala de impressa do estádio. Ameaças
claras e irrefutáveis que condicionaram a actuação dos agentes desportivos com
reflexos nos resultados.
O Sporting
é aquele clube onde um dirigente, já nesta década, depositou um cheque na conta
de um elemento de uma equipa de arbitragem e que conseguiu passar completamente
impune. Pinto da Costa é Pinto da Costa. No final vamos ver quem está vivo,
morto ou ainda para nascer. Uma coisa é certa, uns como outros, não são nada
recomendáveis.
JL
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