O Benfica é o primeiro clube a
ganhar três títulos nacionais numa só época. Só não juntou um título europeu
por razões já muito dissecadas. Ainda assim, apesar das tais razões, esse feito
esteve por uma unha negra. Foi a primeira vez que um clube terminou esta prova
europeia sem derrotas. Curiosamente não trouxe a taça.
De referir ainda que foi a nossa
melhor época dos últimos 50 anos. Ganhámos tudo num mês, como tínhamos perdido
tudo em maio do ano passado. A glória, por vezes, está à distância de um
remate. Não quero com isto dizer que no futebol é tudo obra do acaso, pelo
contrário. Para sermos vencedores a concentração e a focalização nos objetivos
tem de ser permanente. Com esta atitude, no ano passado, tínhamos ganho muita
coisa.
Não estarei longe da verdade se
disser que nunca uma equipa portuguesa fez tantos jogos oficiais numa só época.
As lesões não nos largaram, em consequência desse facto ( e não só), nunca um campeão
utilizou tantos jogadores. Mesmo assim, soubemos inteligentemente gerir as fraquezas
e aproveitar as oportunidades. O triplete deve-se mais à estratégia que ao
talento.
No entanto, nada disto era possível,
sem um plantel de qualidade. O Benfica apenas foi derrotado em alguns jogos.
Poucos. Chega uma mão para contar. Em Paris bem, na Madeira mal, na Grécia de
forma muito injusta, no dragão com equipas de recurso. Um quase imaculado
percurso que não foi um passeio. Com as pedras que encontrámos fomos
construindo um castelo.
JL
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