Os iniciados conseguiram
sobreviver ao “acaso” dos sorteios e na última
jornada venceram no Olival, tornando-se campeões nacionais. Chegar ao último jogo
da prova a necessitar de ganhar ou pontuar é sempre arriscado. Os miúdos mostraram
a sua superioridade e fugiram aos habituais filmes.
Os
juniores não tiveram tanta sorte ou arte. Foi pena, com os juvenis no bom
caminho e uns juniores mais atentos, poderíamos ter o pleno. De qualquer
forma, é evidente que os resultados do trabalho na formação começam agora
surgir em força. Vejamos:
O
Centro de estágio do Seixal foi inaugurado em Setembro de 2006, já com a época
futebolística a decorrer. Assim sendo, podemos considerar que a infra-estrutura
tem sete épocas completas, ou seja, trabalha-se desde 2007/8. Isto apesar de
algumas indefinições no início.
Nos
sete anos anteriores, com Benfica a sofrer ainda das consequências do vendaval
Azevedo, o panorama dos três grandes em relação aso títulos nacionais
conquistados nas camadas jovens foi o seguinte: Benfica 1, Porto 7, Sporting
10.
A
partir da primeira época completa e até este momento, as contas são substancialmente
diferentes: Benfica 8, Porto 5, Sporting 6. Se olharmos apenas para as duas
últimas épocas, e faltando o título de juvenis, temos: Benfica 3, Porto 0,
Sporting 1. Elucidativo.
Existem
ainda outros números que evidenciam esta exponencial evolução. O Benfica é constantemente
a equipa com mais jogadores nas selecções jovens. Nos sub17, por exemplo,
Emílio Peixe seleccionou 11 jogadores do Benfica e três do sporting e do Porto.
Não
quero com esta apresentação de números e factos defender o escancarar das
portas da equipa principal a tudo o que sai do Seixal. Pelo contrário, quero
alertar para que não nos embebedemos com o visível e inequívoco sucesso da
formação e que a época do desaproveitamento total dê lugar à aposta cega nos
jovens da formação. Estes têm espaços próprios para evoluírem. Há uma equipa B
que participa num longo e competitivo campeonato, temos ainda uma europa imensa
para emprestar jogadores.
Claro
que há já nomes incontornáveis, mas se queremos estar razoáveis nos momentos
principais da época, a equipa principal necessita um plantel extenso, equilibrado
e competitivo. Ganhámos quase tudo, mas aquela final com o Sevilha ficou-me
atravessada.
JL
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