Os nossos rivais, como tanto gosta
de apelidar o mister, andam emudecidos com tanto profissionalismo da nossa
equipa de futebol. Os sucessos sucedem-se numa sucessão imparável. Parece um relógio.
O ambiente é de família, a atuação em campo é de digníssimos profissionais.
O Presidente anda contido. Fala apenas
em “trabalho” e sorri. O treinador,
anteriormente o rei da bazófia, acumula simpatias, algumas bastante
improváveis. O sol brilha e as finais sucedem-se.
O Benfica iniciou hoje a venda dos
bilhetes para final de Turim. Venda complexa, pela legislação italiana, que
obriga a informação suplementar sobre os espectadores e pelo número
insuficiente de bilhetes em relação à procura. Esperava-se uma organização da bilhética
cuidadosamente preparada. Acresce que o clube tinha a experiencia do ano
passado.
O que se passou foi mau demais para
ser verdade. Segurança e funcionários da bilheteira começaram as suas funções
depois da hora marcada. A fila exemplarmente organizada por amadores foi
completamentamente desorganizada pelos poucos profissionais que se apresentaram
em funções. Por exemplo: havia mais homens da Prosegur no último Benfica- Águas
Santas da semana passada.
Assistiu-se de tudo um pouco. Duas
horas depois da abertura apenas cerca de 20 pessoas tinham conseguido adquirir
bilhetes. Quem é o responsável por este monumento à estupidez? Porque vemos
dezenas de seguranças em qualquer jogo das amadoras e para uma situação destas
surgem apenas quatro ou cinco. Porque os funcionários da bilheteira estavam a
ter formação apenas naquele momento? Porque razão o clube ignorou por completo as
movimentações de milhares de benfiquistas dentro do complexo desportivo?
Quando Luis Filipe Vieira enche a
boca com elogios aos profissionais da estrutura do clube, deve ficar ciente que
alguns deles não chegam aos calcanhares dos sócios anónimos, que hoje mostraram
porque, ao fim de 110 anos, o Benfica é dos maiores clubes do mundo. Os benfiquistas
estiveram à altura, os funcionários pagos, não.
JL
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