O Benfica é o único que pode
perder o campeonato, os outros apenas podem ganhá-lo. Esta diferença devia ter-nos
dado outra força, outra ambição. Por várias razões, muitas, mais do que aquelas
que se referem por aí, não foi o caso e estamos neste momento mais perto de perdê-lo
do que os outros de não ganhá-lo. Amanhã em Braga, depois do jogo, terei mais
ou menos razão, mas este post continuará sempre a fazer sentido. Pelo menos até
dezembro.
No final do ano, quando abrir a
nova época de mercado, a estratégia terá de ter a ver diretamente com a nossa
posição no campeonato. Se considerarmos que na altura saberemos quem será o
nosso adversário nos oitavos da champions e consequentemente as nossas hipóteses
e que a Taça da Liga, até pelo nosso domínio, não nos dá o brilho de outras
competições, será a dicotomia entre o risco de perder o campeonato e o facto de
o campeonato estar perdido que deve determinar o tipo de investimento a
efectuar.
Se as hipóteses do tri ainda forem
reais, ou seja, se a distância do topo for menor que duas vitórias, faz todo o
sentido qualificar a equipa em duas ou três posições chave para o imediato. Recebemos
o Porto, o Braga, vamos a Alvalade, o sucesso nestes jogos coloca-nos lado a
lado. Se ao contrário, a distância atual ainda aumentar, o Benfica não pode perder
a oportunidade de ter o campeonato perdido e preparar condignamente esta nova
fase do nosso futebol. Que foi precisamente o que faltou neste defeso. E como?
Por exemplo, determinar um bom suplente para o Júlio Cesar, descobrir um novo
Luisão, limpar a equipa de 4 ou 5 jogadores que andam no limbo, dar futuro aos
jovens, tenham vindo do Seixal ou de qualquer outro destino europeu, fazendo-os
jogar com critério. E mais importante que tudo, definir um modelo de jogo.
O pior que pode acontecer é
perdermos o próximo comboio por estarmos à espero de um que já passou.
JL
A resposta á sua opinião já foi ontem dada pelo presidente Luís F. Vieira no Luxemburgo.
ResponderEliminarEste ano já está dado como perdido, não se investe mais para salvar o clube e equilibrar as finanças.
Por este andar o TRI fica eternamente perdido e o futuro não se sabe.