A corrupção grassa no nosso
futebol há trinta anos. Está gravada, filmada e documentada. Todos assobiam para
o ar. Os corruptos continuam a ser retratados como senhores, sem ironia. Há
trinta anos que há gente barbaramente agredida. Jornalistas, dirigentes, jogadores.
Todos sabem e até já assistiram. Ninguém denuncia. Há medo, compadrio e
corrupção. O FCPorto é beneficiado semanas a fio e o silêncio reina no mundo do
jornalismo desportivo. O FCPorto perde
pontos e instala-se a guerra.
Da torre das Antas chegam as maiores
barbaridades, mentiras sem pernas, impensáveis. Datas de fundação forjadas, histórias
da carochinha sem sustentação histórica, certezas propagandistas que
contradizem factos concretos. É tudo aceite no esterco mental em que se tornaram
as redacções deste país.
Hoje um dos maiores criminosos do
nosso futebol, Lourenço Pinto, tem a lata de voltar a falar, mais uma vez, no caso
Calabote. Não há ninguém nos meios de comunicação que não pertencem ao Oliveira
e que os tenha no sítio, que venha explicar que o campeonato 58/59, ganho pelo
FCPorto, foi repleto de casos todos em benefício dos azuis. E que o famoso Inocêncio
Calabote não só prolongou justamente o jogo, como nos descontos não assinalou
um indiscutível penalti a favor do Benfica, como referiu toda a imprensa da
época. A verdade não incomoda, dá é trabalho e não dá benefícios, nem empregos.
JL
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