O que se poderá fazer mais? Já
houve testemunhas oculares, dezenas de horas de conversas gravadas, provas de corrupção
irrefutáveis, mas há trinta anos que tudo se passa da mesma forma. Em nenhum
país do Mundo, nem no mais recôndito campeonato africano, nem nos mais
violentos relvados da América do Sul, se assiste a algo parecido com isto.
Num país minimamente lúcido bastaria
olharmos para os resultados dos jogos nacionais arbitrados pelo Proença. Bastaria
essa anormalidade estatística para compreendermos. Mas há mais. Há imagens.
Muitas. São anos e anos delas.
O pseudo esquecimento colectivo é
preocupante, porque revela o nosso falhanço como nação. Não se trata só de
mediocridade, trata-se sobretudo de cobardia. Chegamos à conclusão que a esmagadora
maioria dos que têm voz neste país não conseguem atravessar a rua sozinhos. Este
medo de existir mata-nos o sonho. Pinto da Costa é Rei num país de ratos.
JL
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