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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


domingo, 29 de setembro de 2013

UM BENFICA À TOA NAS SEQUELAS DO APITO DOURADO

Costuma dizer-se que “o que não nos mata, torna-nos mais fortes” e a expressão aplica-se na prática ao famigerado sistema em vigor no futebol português há cerca de 30 anos.

Alguns anos depois do Apito Dourado, é por demais evidente que a montanha pariu um rato.
Os criminosos estão todos por aí e mais poderosos do que nunca: o que as escutas e as provas revelaram, a justiça miserável que vigora neste país tratou de fazer esquecer ou absolver.
Pelo meio, caíram 2 ou 3 pobres diabos como sempre acontece nestes casos.
Jacinto Paixão, por exemplo, foi o caso flagrante do cordeiro imolado, para que o festim continuasse e os verdadeiros figurões se continuassem a empanturrar neste banquete degradante que é o futebol português.

Paixão, um modesto árbitro saído do Alentejo profundo, que se deixou enganar por mafiosos sabidos e seduzir por putas baratas, foi o isco usado para que outros na sombra pudessem fazer o seu caminho: tranquilos e sobretudo incólumes.

Passada a turbulência e assente a poeira que acabou por não sujar ninguém, constatamos hoje que as vísceras do Apito Dourado pariram um novo tipo de gente, uma nova geração de apitadores: de imagem moderna e sofisticada, discurso fácil, homens de sucesso, em suma.
O expoente máximo desta nova casta é, obviamente, Pedro Proença, que no espaço de 2 ou 3 anos foi alcandorado á condição de “melhor árbitro do mundo”, tendo apitado no mesmo ano, a final da Champions e do Europeu 2012.
Astucioso, ambicioso e espertalhão, Proença desde cedo percebeu de onde soprava o vento: o seu objectivo não eram cestos de fruta, chocolatinhos ou café com leite.
O cosmopolita Proença desdenhava certamente putas de vão-de-escada, saídas das arcas frigoríficas de Reinaldo Teles.
Ao contrário ambicionava outros voos: carreira, reconhecimento, sucesso, palmarés internacional.
E aí o temos no topo do mundo, continuando a servir os amos de sempre.
É assim que funciona o sub-mundo do crime seja em Nápoles, na Sicília ou no Porto: os favores pagam-se com favores, numa lógica de cumplicidades, até que se não perceba quem deve a quem.
Proença, representa, pois, o expoente máximo do fracasso que foi o Apito Dourado: endeusado por uma comunicação social também ela refém e corrompida, posto nos píncaros por uma estrutura futebolística toda ela cúmplice e apodrecida que chafurda na mesma pocilga.

A juntar a tudo isto, o aparecimento da Benfica TV a disputar o mercado das transmissões televisivas, representou o mais forte ataque ao sistema de que há memória em Portugal.
Se um dia, o império da Olivedesportos ruir, que ninguém duvide de que será o fim do sistema tal como o conhecemos.
Sabemo-lo nós, mas com é evidente, sabem-no eles também e de que maneira.

Daí este ataque impiedoso ao Benfica nestas primeiras 6 jornadas do campeonato 2013-2014.
Desde um sorteio, no mínimo, estranho a golos sofridos em fora-de-jogo claros, a penalties por marcar a nosso favor, tudo tem valido para nos empurrar para baixo.
Jogamos pouco, somos pouco competentes, cometemos erros em demasia?
Tudo verdades inquestionáveis.
A diferença é que cometendo os mesmos erros e tendo as mesmas pechas, os nossos adversários directos são puxados para cima pelos leais amigos de sempre.
Como sempre, aliás, ao longo deste 30 últimos e longos anos.


Tudo este ambiente e esta lógica em que se atola o futebol português, teria de ter a resposta do melhor Benfica.
Um Benfica forte, competente, avisado, profissional, rigoroso: sem falhas, nem hesitações, nem equívocos.
Só assim, o Benfica poderia afrontar todas as guerras que lhe são movidas nas diversas frentes: ganhando, sendo muito melhor e mais forte do que outros.

Temos em vez disso, um Benfica esgotado, sem alegria nem força, nem rasgo; uma equipa triste e cansada incapaz de um pique, de uma mudança de velocidade.
O rolo compressor de JJ deu lugar a uma equipa confusa, previsível, lenta que se limita a mastigar o jogo.
A exibição de ontem contra um Belenenses de 2ª liga, foi paradigmática de uma equipa que parece apenas aguardar que… termine a época.

Pressente-se, na Luz um fim de ciclo, mas isso ficará para um próximo post.
Por agora, seria bom que alguém tentasse colar os cacos porque quarta-feira há jogo em Paris e dizem que nós temos aspirações na Champions.

 RC





2 comentários:

  1. A lata é tanta que depois do jogo ainda consegue dizer: "errei mas durmos de consciência tranquila"!! pudera

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  2. E ainda há quem duvide que os corruptos tem tudo controlado. E a alegada denúncia à UEFA dos comentários "racistas" proferidos pelo atual presidente da AF.Lisboa em 2011 por partes dos dirigentes do futebol corrupto do porto, é a prova acabada do que acabo de dizer, já que eles ao tomarem conhecimento da nomeação do ex-adjunto do Gabinete de Apoio Pessoal ao ex-Presidente da Câmara de Sintra, trataram de fazer um pesquisa exaustiva nas redes socias procurando algo que lhes pudesse puder ser útil no futuro... et voilá, encontraram o que precisavam !

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