Quando o meu companheiro de blog e de benfiquismo decidiu
falar de Paneira, pensei que me tinha tirado o post da mão.
Tudo porque há umas semanas vi e depois revi com mais
atenção, uma entrevista na BTV onde estavam, entre outros, Vítor Paneira.
Curiosamente, na mesma semana, Toni dava uma entrevista ao
jornal i , a propósito de uma célebre derrota em Setúbal, onde fomos trucidados
por Yekini e onde para não variar, Toni foi insultado por uns quantos
benfiquistas; tudo isto na época que se seguiu ao Verão quente e que culminaria
com um campeonato ganho depois dos 6-3 em Alvalade.
Rectifico apenas um ponto: não é uma vulgar entrevista,
mas sim uma enorme lição de profissionalismo, dignidade e benfiquismo.
O que une as duas entrevistas?
O traço inconfundível do benfiquismo, é certo, mas também
a forma miserável para nós Benfica e para nós benfiquistas como estes 2 Homens
foram traídos pelo seu clube.
Pelo nosso clube.
Vítor Paneira foi escorraçado aos 28 anos, no auge de uma
carreira de jogador de eleição.
Vítor Paneira é, aliás, o símbolo da destruição (metódica,
maquiavélica, planeada, diga-se) de uma equipa de campeões.
Toni foi indecentemente traído no final de uma época em
que teria merecido uma estátua: pelo que fez, pelo que aguentou, pelo que
sofreu, pela forma como acreditou.
E claro, pelo que ganhou.
A traição a Toni, o inexplicável e prematuro afastamento
de jogadores como Paneira, Isaías, Mozer são o símbolo de um tempo de absoluta
destruição do qual ainda não recuperamos e do qual já duvido que cheguemos a
recuperar.
Todo o mal que foi feito ao Benfica, ficou provado ser
irreversível.
Está, aliás, à vista.
Quando um clube renega e trai os seus, enxovalha a sua
história e hipoteca o seu futuro.
Na história nada acontece por acaso.
No Benfica, muito menos.
RC
Cabe aos Benfiquistas provar que o mal feito não é irreversível...
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