Mesmo as grandes caminhadas iniciam
com apenas um passo. Nos dez anos anteriores parecia impossível ganhar no Ladrão
Caixa. O ambiente, o repetido e inexplicável bloqueio dos nossos jogadores, as
arbitragens manhosas e até algum valor e acerto das equipas do Porto, tudo isto
era verdade e justificativo para a derrota certa. Diz quem já lá jogou que o
pavilhão intimida. Mas também intimidava o anterior, que tinha um túnel que assustava
e o Benfica ganhou lá vezes sem conta. Uma vez, no andebol, até com um
treinador romeno a dormir no balneário.
Poucos acreditavam na vitória do hóquei
na final da taça dos campeões, mas aconteceu. E aparentemente abriu-se a caixa
de pandora…à stickada. Ontem a vitória do andebol foi importantíssima. Porque o
jejum de tão longo já enjoava, porque há anos que andávamos a perder por um, por
dois, por pormenores dos homens do apito. No ano passado sofremos um golo fora
de horas, com dois jogadores das riscas a pisarem a área.
Se a vitória é relevante e muito
moralizadora, não é decisiva. Decisivo é o jogo da próxima quarta. Porque os fantasmas
são para se caçar e o andebol é vezeiro neste tipo de percalços. Ganhando ao Sporting, a luta pelo título fica
reduzida a dois, com a diferença que desta vez já sabemos o que é ganhar no
Porto.
JL
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