O cerco aperta-se e não duvidemos que as coisas só irão
piorar.
A comunicação social seja escrita, falada ou digital
transformou-se nisto.
Num país em que a verdade desportiva é falseada há mais de
30 anos com recurso a putas, a esquemas de chantagem e a quinhentinhos, o que
escandaliza esta latrina digital é esta notícia.
O anti-benfiquismo está por todo o lado, aproveitando a
desunião que corrói o clube e a falta de uma estratégia de comunicação que se
tornou um problema crónico e aparentemente irresolúvel.
O Benfiquismo continua impávido mas pouco sereno, entre as
feridas de um Maio que insistem em não sarar, um vieirismo optimista até
ao autismo e um anti-vieirismo ainda pior: fundamentalista, fanaticamente
absurdo, despropositado, revanchista.
Entalado entre um Porto que estrebucha, tentando adiar um
fim à vista e um Sporting liderado por um menino de claque aprendiz de mafioso,
o Benfica tornou-se uma massa inerte.
Sem rumo nem estratégia, sem nervo nem garra.
À mercê de tudo e de todos: um gigantesco saco de pancada,
se quisermos.
Janeiro e Fevereiro serão meses de grandes decisões.
A norte trabalha-se.
Mais discretamente que nunca porque a idade não perdoa,
mas que ninguém duvide que o trabalho será feito e apresentado quando chegar a
altura: com a competência e eficiência habituais.
Mesmo ao nosso lado, um gandulo pedante e ridículo
enfeitado com gravata verde e barba à passa-piolho, deslumbrado com um 1º lugar
que lhe caiu do céu e de alguns fora-de-jogo por assinalar, permite-se tudo:
ameaçar e condicionar árbitros, invadir o campo, incentivar molhadas em final
de jogo e, evidentemente, meter o Benfica ao barulho.
Perante tudo isto, o que faz o Benfica?
Vai de férias natalícias, deixando a comunicação social
entregue a tal gente, aos seus séquitos, aos jagunços do costume: ao ódio
reiterado, às mentiras repetidas, à desestabilização continuada, à especulação
pura.
É nisto que o Benfica se está a tornar: uma massa imensa
mas inerte que prefere desgastar-se obsessivamente em lutas fratricidas e em
pequenos-grandes ódios de estimação.
Tudo isto acontece enquanto e como cantava Zeca Afonso, “a
corja topa da janela”.
É isso: o que faz falta é acordar a malta.
RC
É isso mesmo. Tudo dito e muito acertado. Agora até vão ligar á equipa B. Se não gostássemos tanto do Benfica, até seria cómico.
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