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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

MUITO POSITIVO

Foi um início com o pé direito. Jesus iniciou o jogo com praticamente a mesma equipa da época passada. Logo aqui é uma grande vantagem perante um Marselha que sendo um dos mais fortes candidatos ao título francês mudou de treinador este ano. No entanto, foi uma estreia muito positiva, onde houve momentos em que o Benfica encostou literalmente o Marselha às cordas. No primeiro quarto de hora da segunda parte, os franceses nem respiraram.  Se o segundo tivesse chegado nesse momento o resultado teria outra dimensão.
O facto de Jorge Jesus ter optado por poucas alterações no início, provocou a sensação de que o Benfica está num estado de preparação muito mais avançado do que na realidade está.
A pequena grande diferença esteve no lado esquerdo da defesa. Luisinho na primeira parte e Melgarejo na segunda, em vez de Émerson. Luisinho foi a grande surpresa da noite. Apesar de ter apanhado um extremo rápido e do Gaitan se esquecer como sempre de ajudar, esteve simplesmente impecável. Sei que foi apenas meio jogo, mas é o oposto de Émerson, é rápido, centra como mandam as regras, pede a bola, não se esconde.
Melgarejo é jogador. Muito rápido, toque fácil, bom entendimento com Nolito. Não foi possível verificar com rigor como é a defender. Pedir que se torne num novo Coentrão talvez seja pedir de mais, ou não. É jogador para ficar.

Maxi Pereira inicia a época com terminou a anterior, empolgante, a varrer completamente a faixa direita.  

Os centrais estiveram muito bem. Garay um pouco trapalhão no início acertou depois. Luisão de uma classe imensa. E falar de classe é falar de Aimar. Excelente primeira parte do Argentino. Que equipa pode se gabar de ter um meio campo com Javi Garcia, Witsel e Aimar?

Javi teve pormenores muito positivos, mas demonstrou em alguns momentos estar ainda fora de forma. Witsel só foi o melhor em campo. O posicionamento do holandês é tão amplo que parecia que havia dois ou três em campo. Penso até que a equipa perde o domínio do jogo com a sua saída. Da sua e da do Javi. Nem Carlos Martins, apesar do grande golo e de uma exibição em crescendo, tem a sua amplitude de jogo e nem Matic é um verdadeiro trinco. Rodrick teve um papel muito mais determinante a ritmar o jogo no meio campo que Matic.

Bruno César muito razoável como extremo, mais uma vez não funcionou bem no miolo. Por vezes transporta demasiadamente a bola, mas esteve uns furos acima de Nico Gaitan. O Argentino mostra pormenores, mas apenas isso. Nunca ajuda na recuperação. Nolito muito mais perigoso do que ambos. Uma autêntica dor de cabeça para os franceses. Jesus vai ter procurar outros argumentos para o dispensar. Ola John até se lesionar foi outro perigo à solta. Deu para ver que entra na área com frequência. Enzo Peréz esteve discreto.

Na frente Cardozo procurou a bola naquele seu estilo irritante. Não foi vistoso. Kardec e Saviola foi mais do mesmo. Ambos saem bem da sua área de influência para segurar e distribuir, mas não são esses os atributos mais apreciados nos avançados. Artur e Paulo Lopes cumpriram. Uma defesa difícil para cada.

Exibição assertiva, num jogo entretido, com um Marselha pouco perigoso, mas organizado a defender. Vamos ver como será com as saídas que se receiam e as entradas que se esperam.

JL

3 comentários:

  1. "Witsel só foi o melhor em campo. O posicionamento do holandês é tão amplo que parecia que havia dois ou três em campo"
    Witsel é belga pá!

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