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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

AS PARVOÍCES DO MENINO NÉLSON


Aparentemente, há apenas uma coisa maior do que Nélson Oliveira: o seu próprio ego.

Este rapaz, completamente extasiado pelos 7 golos que marcou pelo Stade Rennais FC, tem-se afadigado em entrevistas e declarações, qual delas a mais profunda.

Voltou agora à carga com uma entrevista de fundo ao jornal “A Bola”, o mesmo que alguns dizem ser o jornal oficial do Benfica ou a voz de Vieira.

Depois de ter criticado aquele que para todos os efeitos é o seu treinador, depois de ter feito declarações infelizes, descabidas, deselegantes e estúpidas sobre um colega de equipa – “ Cardozo não é o género de avançado que aprecio” – Oliveira atira-se de novo a Jesus e também à estrutura do Benfica.

Nélson Oliveira, não demonstra sequer a inteligência, o talento e a perspicácia de fazer capitalizar a seu favor este seu momentâneo estado de graça.

Com efeito, todos sabemos que o aproveitamento que o Benfica faz da sua formação é no mínimo bizarro, incoerente e inconsequente.
A política do Benfica relativamente à formação tem mais ziguezagues do que um automobilista com a taxa de alcoolemia em máximos históricos.
Isso é uma coisa; outra, bem diferente é um futebolista vinculado ao Benfica, permitir-se vir à praça pública fazer criticas de fundo ao clube e à sua politica desportiva, não se coibindo também de criticar as opções do treinador.
Ao fazê-lo, Nélson Oliveira dá um gigantesco tiro nos pés, perdendo toda a razão que possa, eventualmente, ter.

A determinada altura, Oliveira queixa-se de, enquanto emprestado, nunca ter recebido um telefonema do Benfica.
Lamentável, tem razão Oliveira.
Triste, de facto, que ninguém ligado à estrutura do Benfica tenha ligado para Nélson Oliveira, dando-lhe um valente puxão de orelhas quando demonstrava falta de empenho e de entrega no Paços de Ferreira; inacreditável que ninguém tenha advertido o menino quando, amuado, mandou calar os adeptos do Corunha.

Nélson Oliveira continua ofuscado pelo barulho das luzes do Mundial de sub-20, esquecendo que tem um caminho para percorrer e muito pó para morder.
No futebol, tudo é relativo e Nélson deveria sabê-lo: quando em Stamford Bridge teve oportunidade de dar o golo a Djaló e quiçá lançar o Benfica para as meias-finais, Nélson preferiu o brilharete individual e tentar o golo de bandeira.
Isto das oportunidades tem, de facto, muito que se lhe diga.

Parece-me evidente que Oliveira está a esticar a corda, tentando criar atritos e forçar a ruptura com o Benfica.
Seria bom que o Benfica tomasse uma atitude firme em relação a Nélson Oliveira e que, de uma vez por todas, o pusesse na ordem.
Oliveira (ainda) é empregado do clube, devendo-lhe obediência, respeito, profissionalismo.

E para traidores, crápulas e ingratos bastaram-me Paulo Sousa e Hugo Leal.

RC


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