Aparentemente, há apenas uma coisa maior do que Nélson
Oliveira: o seu próprio ego.
Este rapaz, completamente extasiado pelos 7 golos que
marcou pelo Stade Rennais FC, tem-se afadigado em entrevistas e declarações,
qual delas a mais profunda.
Voltou agora à carga com uma entrevista de fundo ao jornal
“A Bola”, o mesmo que alguns dizem ser o jornal oficial do Benfica ou a voz de
Vieira.
Depois de ter criticado aquele que para todos os efeitos é
o seu treinador, depois de ter feito declarações infelizes, descabidas,
deselegantes e estúpidas sobre um colega de equipa – “ Cardozo não é o género
de avançado que aprecio” – Oliveira atira-se de novo a Jesus e também à
estrutura do Benfica.
Nélson Oliveira, não demonstra sequer a inteligência, o
talento e a perspicácia de fazer capitalizar a seu favor este seu momentâneo
estado de graça.
Com efeito, todos sabemos que o aproveitamento que o Benfica
faz da sua formação é no mínimo bizarro, incoerente e inconsequente.
A política do Benfica relativamente à formação tem mais
ziguezagues do que um automobilista com a taxa de alcoolemia em máximos históricos.
Isso é uma coisa; outra, bem diferente é um futebolista vinculado
ao Benfica, permitir-se vir à praça pública fazer criticas de fundo ao clube e à
sua politica desportiva, não se coibindo também de criticar as opções do
treinador.
Ao fazê-lo, Nélson Oliveira dá um gigantesco tiro nos pés,
perdendo toda a razão que possa, eventualmente, ter.
A determinada altura, Oliveira queixa-se de, enquanto
emprestado, nunca ter recebido um telefonema do Benfica.
Lamentável, tem razão Oliveira.
Triste, de facto, que ninguém ligado à estrutura do Benfica
tenha ligado para Nélson Oliveira, dando-lhe um valente puxão de orelhas quando
demonstrava falta de empenho e de entrega no Paços de Ferreira; inacreditável
que ninguém tenha advertido o menino quando, amuado, mandou calar os adeptos do
Corunha.
Nélson Oliveira continua ofuscado pelo barulho das luzes
do Mundial de sub-20, esquecendo que tem um caminho para percorrer e muito pó
para morder.
No futebol, tudo é relativo e Nélson deveria sabê-lo:
quando em Stamford Bridge teve oportunidade de dar o golo a Djaló e quiçá
lançar o Benfica para as meias-finais, Nélson preferiu o brilharete individual
e tentar o golo de bandeira.
Isto das oportunidades tem, de facto, muito que se lhe
diga.
Parece-me evidente que Oliveira está a esticar a corda,
tentando criar atritos e forçar a ruptura com o Benfica.
Seria bom que o Benfica tomasse uma atitude firme em relação
a Nélson Oliveira e que, de uma vez por todas, o pusesse na ordem.
Oliveira (ainda) é empregado do clube, devendo-lhe obediência,
respeito, profissionalismo.
E para traidores, crápulas e ingratos bastaram-me Paulo
Sousa e Hugo Leal.
RC
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