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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

MATIC: AMOR À SEGUNDA VISTA


Do futebol de outrora, resta a paixão dos adeptos e mesma essa tem dias, depois de anos a fio aburguesada diante de uma qualquer Sportv.
À famosa lei da opção dos anos 60/70 e mesmo ao início dos anos 80, em que os jogadores estavam literalmente nas mãos dos clubes, tornando-se praticamente inegociáveis, sucedeu o actual estado de coisas: um sistema elitista e desregulado, feito à medida da avidez dos empresários e dos interesses desportivos de meia-dúzia de clubes ricos e poderosos.

Tudo isto a propósito da saída de Matic.
Não foi seguramente o melhor negócio do mundo, mas acredito que perante as circunstâncias e a determinação do jogador em sair já, foi o negócio possível.

Matic poderia e deveria ter saído de outra forma: noutra altura,com mais elegância e, sobretudo, sem esta estranha sofreguidão.
Preferiu, todavia, voltar ao sítio onde não foi feliz, revelando ingratidão e desprendimento em relação ao clube que o foi buscar ao desterro de Vitesse e dele voltou a fazer alguém na Europa do futebol.

No futebol, há muito que deixei de me espantar com coisas deste tipo, até porque de tudo isto sobram-me duas certezas inabaláveis: a de que o Benfica continuará imenso como era antes de Matic e a de que o único insubstituível que conheci na História do Benfica, repousa desde dia 6 de Janeiro último no cemitério do Lumiar.





RC

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