O insucesso na Champions tem que ser analisado com frieza
e realismo: não merecemos passar e é apenas disso que se trata.
Este Benfica é demasiado “curto” para a Champions e deve,
definitivamente, concentrar-se no óbvio e no essencial: a conquista do campeonato.
Para uma prova da envergadura da Champions, o Benfica não
revelou nunca estatura, personalidade, categoria, personalidade.
Muitas vezes não teve também garra, discernimento,
espírito de conquista, ambição.
Foi a equipa do quase: quase marcava, quase ganhava em Nou
Camp, quase se qualificava.
Não marcou, não ganhou, não se qualificou.
A verdade é dura mas inequívoca: uma equipa que joga como
o Benfica jogou em Moscovo não merece passar.
Uma equipa que na Luz perante o Barcelona, confundiu até à
hipérbole o óbvio reconhecimento da superioridade do adversário com
subserviência e vassalagem puras, não merece passar.
Uma equipa que falha os golos que o Benfica falhou em
Barcelona, não merece, não pode nem deve passar à fase seguinte da Liga dos
Campeões.
Uma equipa que em Nou Camp beneficia de 8 (!) cantos e não
consegue criar perigo em nenhum deles revela incompetência, falta de “trabalho
de casa”, falta de concentração competitiva: aquele último canto de Bruno César
em que o redondo nº 8 não consegue, sequer, levantar a bola é sintomático.
Pede-se agora bom senso mas ainda o “cadáver” de Barcelona
estava quente e já JJ soltava mais uma fanfarronada sobre a Liga Europa.
As prioridades são bem evidentes e é bom que ninguém as
esqueça ou tente subverter.
Dos responsáveis da SAD, espero que resistam á tentação de
compensar a falta de receitas da Champions com a venda de mais uma jóia da
coroa.
Se for mesmo necessário vender que se recorra ao
pechisbeque: sempre dá para disfarçar e há sempre quem aprecie.
RC
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