N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


domingo, 16 de junho de 2013

DO DEFESO

Não vivemos, de facto, dias entusiasmantes.
Depois de um final de época desastroso, sem as feridas saradas nem o luto feito, o que vemos?
Duas trincheiras, ambas inexpugnáveis e cheias de irredutíveis.

De um lado, uma direcção que legitimada por uma votação expressiva e inequívoca, se julga acima de toda a critica, esquecendo que tem explicações a dar, já para não falar de um princípio elementar: a democracia e o debate interno não se esgotam em eleições de 4 em 4 anos.
O Benfica tem uma história ímpar de democracia interna e participação associativa, facto que, por vezes, pouco parece interessar aos nossos actuais dirigentes.

Do outro, move-se uma pseudo-oposição que claramente se sobrevaloriza.
De uma forma geral, actua pela gritaria e pela arruaça, unindo-se apenas num ódio estúpido e cego a Vieira, perdendo argumentos, razão, legitimidade.

Um diálogo de surdos, uma conversa acabada.
E no meio, aquilo que verdadeiramente nos interessa: o Benfica.

Desportivamente é que se vê: a nova época parece ser preparada, uma vez mais, ao sabor de uma qualquer moda.
Depois dos contentores de paraguaios e argentinos, eis que chega a brigada sérvia, constituída por agregados familiares quase completos que irão provisionar as equipas A, B e o que mais adiante se verá.

Dos jornais, chegam-nos pormenores, fictícios ou não, de contactos e negociações: Lisandro Lopez tem nome de novo folhetim, Eduardo é o susto e Rui Patrício o pânico absoluto.
Tudo especulação?
Quanto aos guarda-redes, espero estes sejam nomes para entreter papalvos e que a verdadeira alternativa a Artur apareça.
Caso contrário, temos Oblak e algo me diz que não ficaríamos nada mal servidos…

De defesas laterais e de jogadores de qualidade para reforçar um meio-campo demasiado exposto e espremido, nem novas nem mandadas: estarão porventura na clandestinidade acompanhados pelo director-desportivo.
E a propósito: quem sucederá a Carraça?
Por aqui e por ali, fala-se de Carlos Janela.
Perante tal hipótese socorro-me da mais famosa das frases de Hagan: “no comments”.
No comments mesmo.

E de resto, tudo como dantes: Miguel Rosa, uma vez mais escorraçado do Benfica e constata-se que a formação já nem para abastecer a equipa B vai servindo.
Valerá a pena continuar a gastar milhões na formação de jogadores e na manutenção de um centro de estágio?

Inquieta a falta de coerência, de rumo, de um fio condutor, de uma verdadeira politica desportiva, tentando-se resolver com injecções de dinheiro e fornadas de novos jogadores o que falta em método e organização.
Nada de novo, portanto.

 RC



Sem comentários:

Enviar um comentário