Todos temos diferentes formas de viver o benfiquismo. Prejudicar constantemente o Clube não é, decididamente, uma dessas formas.
Os petardos não são uma idiotice, tornaram-se. Uma boa piada contada vezes sem conta passa rapidamente para o campo da mediocridade. O lançamento constante de petardos no estádio da Luz atravessa a linha da insurreição para se alojar no canto quente do establishment. Os poderes estabelecidos necessitam destes insurrectos de meia tijela para reforçar a sua posição.
O primeiro petardo ouvido no estádio, talvez também o segundo, teve a virtude do inesperado. Um som ensurdecedor a romper a letargia das bancadas. Como um rasgo subversivo com o intuito de provocar uma brecha momentânea na estrutura instalada.
Mas o número faz o hábito e o hábito é irmão da vulgaridade. Agora é apenas uma estupidez teimosamente mantida. Pior, uma banalidade pimba a caminho da insignificância social, mas financeiramente relevante para o nosso clube. Continuamos com a UEFA à perna e com a Liga de clubes a encher os bolsos à nossa custa.
A falta de inteligência é um problema difícil de resolver. Apesar de ser mais fácil de detectar que os pequenos engenhos explosivos, encontrar antídotos aos efeitos provocados pela estupidez cronica é uma empreitada árdua. Talvez o aparecimento de outro motivo de deslumbramento, juntamente com a fadiga da repetição acelere a passagem desta moda. Até lá vamos pagando multas a quem não nos quer bem.
JL
Sem comentários:
Enviar um comentário