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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


domingo, 31 de março de 2013

AS RELAÇÕES COM O SPORTING


Verdadeiramente e até pelo clube envolvido, o tema não mereceria sequer duas linhas, quanto mais um post.
Se o abordo, porém, é porque constatei através da blogosfera que ainda há benfiquistas suficientemente ingénuos e crédulos ao ponto de acreditarem em hipotéticas alianças com o Sporting, visando concretamente derrubar o domínio que o Porto tem exercido sobre as estruturas do futebol português.

Antes de mais, essa é uma tarefa só nossa: devemo-lo à nossa história por respeito aos nossos valores mas também por todos quantos vestiram as nossas camisolas e foram espoliados ao longo de mais de 3 décadas de mentira, corrupção e batota.
Depois, porque vejo apenas uma forma de a realizar: ganhando.
Não uma vez, não esporadicamente, não com um campeonato em cada 3 ou 5 anos.
Só vencendo de forma consecutiva e sustentada, o Benfica acabará de forma natural com uma teia que apesar de persistir, parece claramente apodrecida e a dar sinais de ruptura.
Estou completamente convencido, aliás, que quando o Benfica conseguir de novo um bi-campeonato será o fim definitivo do velho senil, dos seus acólitos e de uma determinada era no futebol português.

Quando ao Sporting, não consigo entender como ainda há quem alimente qualquer tipo de ilusões sobre aquilo que verdadeiramente os move.
O novo presidente no primeiro fim-de-semana do seu mandato, já se encarregou de o demonstrar com as declarações após a vitória do Benfica B em Rio Maior.
Estou, aliás, completamente convencido que daqui a 2 semanas, antes do Benfica-Sporting, iremos ter uma qualquer bravata levada a cabo pelo presidente da comissão liquidatária da lagartagem com o nobre fim de unir a família sportinguista: como sempre, como todos.

Um cenário como o de 1979-1980 em que Benfica e Sporting se uniram contra a nascente cruzada nascida a norte, lançada por Pedroto e pelo então aprendiz Pinto da Costa, não é, obviamente, repetível.
Aquela foi uma aliança meramente conjuntural, vinda das bases que sentiram claramente o monstro que estava a nascer mas, sobretudo, a onda de ódio que a norte estava a ser alimentada de uma forma pensada, sistemática e organizada.
Criminosa, também.

A partir daí, o Sporting fez as suas opções, trilhando o caminho absurdo de um anti-benfiquismo completamente primário e obsessivo, contentando-se cobardemente com as migalhas que o magnânimo aliado do Norte foi deixando aqui e ali com os resultados que estão à vista.

Antes assim: verdadeiramente nada nos une.
Mais do que rivais, considero mesmo que somos uma espécie de inimigos de classe e não são poucos os exemplos que o provam ao longo da história dos dois clubes.
Aliás, o Benfica nasceu do povo, sonhado por um humilde orfão e por um grupo de amigos; não por capricho de um qualquer aristocrata mimado.

Façamos, pois, o nosso caminho, se necessário for, contra muitos, contra quase todos; olhando em frente e zelando apenas pelos nossos interesses e pelos nossos objectivos: a vitória, como sempre na nossa história mas conquistada de forma limpa, leal, digna.
Com as camisolas suadas dos nossos jogadores: haverá outra forma de sermos Benfica ?

O resto é apenas poeira levantada pela matilha raivosa, mesquinha e esfomeada.


P.S.- Sobre o Benfica-Sporting que se aproxima: depois dos actos criminosos que se verificaram na época passada e que ficaram impunes, o Benfica não deveria, evidentemente, ceder um bilhete que fosse a tal corja de energúmenos.


RC

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