N

Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A LISTA DO "PORQUE SIM" E A LISTA DO "PORQUE NÃO"


Sem surpresa, o período pré-eleitoral está a revelar-se um autêntico fiasco.

Se havia quem, por ingenuidade ou genuína crença na bondade da raça humana, imaginava uma campanha com algo de novo, estará nesta altura a falar sozinho e a relembrar com nostalgia os tempos das grandes disputas eleitorais no Benfica.

Vieira está desgastado e entende-se: foram 10 anos duros, marcados por uma conjuntura externa difícil e por erros próprios que se tornaram, não poucas vezes, incompreensíveis porque cometidos e repetidos.

Rangel aparece a cavalgar aquilo que pensa ser uma onda mas que não passa do normal refluxo da maré.
Pouca convicção, umas tiradas que tentam captar a atenção mas, no fundo, nada de novo.

Também as listas são fraquitas.
A de Vieira com uma galeria de vice-presidentes que tem dois pesos bem pesados, de estilo pouco recomendável e de duvidosa utilidade: Rui Cunha e Rui Gomes da Silva.
Nuno Gaioso é um novato nestas andanças (o que nesta altura pode ser óptimo ou péssimo) e Domingos Lima tem feito um trabalho meritório na dinamização das casas do Benfica.
Sobre Moniz, ainda posso tentar compreender o porquê da inclusão, embora não aprecie particularmente a personagem e desconfie das suas ligações e reais intenções.
Espero apenas que não nos traga a Teresa Guilherme para speaker, mas já nada me espanta.
Quanto a Varandas Fernandes, é, ao que parece, um individuo de óculos que apareceu há 3 anos a dizer mal de Vieira.

A de Rangel, parece uma arca de Noé: um exemplar de cada espécie.
Entre 3 ilustres desconhecidos (pelo menos para mim), um ex de Vieira (Fernando Tavares), um ex mais antigo que demonstrou sempre alguma benevolência em relação a Vale e Azevedo (Cunha Leal) e um de apelido sonante e histórico que fará suspirar de saudade qualquer benfiquista que se preze. Junte-se um habitué destes confusos períodos eleitorais ( Arrobas da Silva) e está feito.

Sobre a mensagem, vamos esquecer o que já ouvimos e provavelmente ainda mais rapidamente esqueceremos o que iremos ouvir até dia 26.
Não há uma única ideia nova, o que até não espantaria da parte de Vieira, que assume claramente a continuidade, para o bem e para o mal.
Lamentável é que de Rangel nada mais se oiça do que “uma auditoria” (um clássico must de qualquer período eleitoral no Benfica) e a velha conversa estafada dos jogadores portugueses e da formação.
Todos concordamos obviamente com um melhor aproveitamento da formação, mas todos conhecemos a triste sorte dos idiotas que acreditam convictamente que tudo o que sai da academia é ouro puro: se Rangel quer acabar como o sportém, é lá com ele.

Enfim, da espuma dos dias que passam, recolhem-se duas grandes ideias desta campanha eleitoral: porque sim e porque não, que o mesmo é dizer Lista A  e Lista B.

E estamos assim…


RC

Sem comentários:

Enviar um comentário