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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


domingo, 14 de outubro de 2012

MAIS DO MESMO: VERSÕES A E B


Sem surpresa, Luís Filipe Vieira anunciou a recandidatura.
Sem grandes expectativas aguardo a apresentação da candidatura de Rui Rangel.

Da apresentação da candidatura de Vieira, pouco há a dizer: depois de Rui Costa há 3 anos, mais uma vez um coelho saído da cartola, desta vez sob a forma de José Eduardo Moniz.
Uma aparição estranha, a de Moniz.
Tal como há 3 anos, não confio demasiado neste súbito ataque de benfiquismo do antigo patrão da TVI e desconfio ainda mais de algumas das suas ligações.
Quanto ao discurso de apresentação da candidatura, apenas um enorme bocejo: não há uma ideia nova, mas mais grave, não há a humilde assunção de qualquer erro.
Os avanços e recuos em relação á figura do director desportivo (a questão Rui Costa merece em si mesma um post, mas lá chegaremos) e os erros cometidos na incoerente gestão do futebol nenhum comentário mereceram a Vieira; sobre o vergonhoso apoio a Gomes e à sua camarilha, nem uma palavra também.
Percebe-se: o tema é demasiado soturno, como tudo, aliás, o que envolve o posicionamento do Benfica em relação á superestrutura que domina o futebol português.


Quanto a Rangel, apresentará amanhã a sua candidatura e, presume-se, os nomes que constituirão a sua lista.
Para já, conhece-se apenas o do candidato à liderança da mesa da AG : Paulo Olavo Cunha é, sem dúvida, uma excelente escolha.
Não me iludo, porém, com a candidatura de Rangel: não tenho dúvidas que se trata basicamente de uma candidatura colada com cuspo na ânsia desenfreada de encontrar uma alternativa a Vieira.
Não acredito que uma candidatura apresentada à pressa e em cima da hora se traduza num programa válido, coerente e consentâneo com as necessidades, as responsabilidades e os desafios que se colocam ao Benfica aqui e agora.
Por outro lado, não tenho qualquer dúvida que, no essencial (e basta ver alguns nomes que por lá têm cirandado), a candidatura de Rangel se vai tornar num albergue espanhol cujo cimento será essencialmente o ódio a Vieira, entre ressabiados, habituais frequentadores de candidaturas e simples oportunistas.

Como benfiquista, espero, sobretudo, que da campanha e da discussão nasça alguma luz num clima de elevação e de respeito pela tradição democrática do Benfica.
Sou, de facto, um optimista incorrigível.

 RC


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