Sem surpresa, Luís Filipe Vieira
anunciou a recandidatura.
Sem grandes expectativas aguardo a apresentação da
candidatura de Rui Rangel.
Da apresentação da candidatura de
Vieira, pouco há a dizer: depois de Rui Costa há 3 anos, mais uma vez um coelho
saído da cartola, desta vez sob a forma de José Eduardo Moniz.
Uma aparição estranha, a de
Moniz.
Tal como há 3 anos, não confio
demasiado neste súbito ataque de benfiquismo do antigo patrão da TVI e desconfio ainda mais de algumas
das suas ligações.
Quanto ao discurso de
apresentação da candidatura, apenas um enorme bocejo: não há uma ideia nova,
mas mais grave, não há a humilde assunção de qualquer erro.
Os avanços e recuos em relação á
figura do director desportivo (a questão Rui Costa merece em si mesma
um post, mas lá chegaremos) e os erros cometidos na incoerente gestão do
futebol nenhum comentário mereceram a Vieira; sobre o vergonhoso apoio a Gomes
e à sua camarilha, nem uma palavra também.
Percebe-se: o tema é demasiado
soturno, como tudo, aliás, o que envolve o posicionamento do Benfica em relação
á superestrutura que domina o futebol português.
Quanto a Rangel, apresentará
amanhã a sua candidatura e, presume-se, os nomes que constituirão a sua lista.
Para já, conhece-se apenas o do
candidato à liderança da mesa da AG : Paulo Olavo Cunha é, sem dúvida, uma
excelente escolha.
Não me iludo, porém, com a
candidatura de Rangel: não tenho dúvidas que se trata basicamente de uma
candidatura colada com cuspo na ânsia desenfreada de encontrar uma
alternativa a Vieira.
Não acredito que uma candidatura
apresentada à pressa e em cima da hora se traduza num programa válido, coerente
e consentâneo com as necessidades, as responsabilidades e os desafios que se
colocam ao Benfica aqui e agora.
Por outro lado, não tenho
qualquer dúvida que, no essencial (e basta ver alguns nomes que por lá têm cirandado),
a candidatura de Rangel se vai tornar num albergue espanhol cujo cimento será
essencialmente o ódio a Vieira, entre ressabiados, habituais frequentadores de
candidaturas e simples oportunistas.
Como benfiquista, espero,
sobretudo, que da campanha e da discussão nasça alguma luz num clima de elevação
e de respeito pela tradição democrática do Benfica.
Sou, de facto, um optimista incorrigível.
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