Haja quem, nestes dias amargos como nunca, esfregue as mãos
de contentamento.
Contado por alguém com anos e responsabilidades na
estrutura, o ano foi excelente. Quem diria?
Foi, no entanto, assim: bons e fartos negócios entre venda
de jogadores de que a equipa acabou por não se ressentir (diz ele…), um empréstimo
obrigacionista que foi um sucesso, novos negócios para a BTV e a marca a vender como nunca.
Claro que não há bela sem senão e o tecnocrata em questão
diz que só faltou “mandar o povo para o Marquês”.
Uma pena, portanto: com o aparvalhado povo no Marquês, a
marca tinha valorizado ainda mais, os jogadores também, novos e grandes negócios
se avizinhariam porque a nora não pode parar, pelo menos enquanto houver povo
para andar à volta.
No entanto, o povo anda triste.
Foi em festa para a festa e veio da festa destroçado,
embora orgulhoso.
De avião, de carro, de carrinha, de autocarro, de comboio,
percorreu meia Europa atrás de um sonho e tudo apenas 5 dias depois de um
enorme pesadelo que lhe continua a atormentar a alma.
Povo tremendo, este.
Daqui a 5 dias lá estará de novo na festa, perdoando ao
seu amor de sempre e fingindo que esqueceu tudo.
De alma lavada e pronto para outra.
Oxalá não seja ingrato e continue a valorizar a marca.
RC
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