Há coisas que não mudam no futebol português.
Estão enquistadas, calcificadas por anos a fio de controlo
e manipulação daquilo a que pomposamente se chama “imprensa”.
Sulejmani é apenas
mais um capítulo de um folhetim tão velho quanto o domínio mafioso que envolve
e sufoca o futebol português.
O “Record” (quem mais haveria de ser?) em sensacional furo
jornalístico, descobre o interesse do Benfica num qualquer
jogador, seja de que lado for do equador ou da rua.
No dia seguinte dá a coisa como certa e titula,
bombástico:
“Zé dos Anzóis” vai
assinar por 5 anos
Jogador já fez
exames médicos na Luz, escolheu casa e aproveitou promoções do Continente
Por um dia ou dois, a coisa fica por ali, com o esmiuçar
exaustivo do curriculum do craque.
Até que e como que por artes mágicas, o Porto envolve-se
na corrida e “tenta desviar o jogador da Luz”.
E claro que vai conseguir: provavelmente pagando uns
largos milhões por um jogador que sairia a custo zero ou pagando 20 por um
jogador que custava 10: Alex Sandro ? Danilo ?
Geniais engenharias financeiras temperadas com a habitual
ironia para gáudio de alguns idiotas de bloco ou tablet na mão ou de alguns papalvos que fingem que acreditam em historietas da Carochinha.
E continua assim, o futebol português, qual velho cinema
Capitólio dos últimos tempos de existência: filmes porno de 3ª categoria e
ainda por cima já vistos e revistos.
Hoje está abandonado à rataria.
RC
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