O assunto é sensível e a comunicação social sabendo-o bem
já o abocanhou, não o largando.
As últimas conferências de imprensa de antevisão dos jogos, foram disso exemplo: não houve uma única em que JJ não fosse questionado sobre
a renovação do seu contrato com o Benfica.
Do lado da SAD o silêncio tem sido ensurdecedor, o que não
significa que o tema não esteja a ser trabalhado; assim sendo, é caso para
dizer que o silêncio é de ouro.
Não há, contudo, bem que sempre dure e eis que aparece em
campo um vice-presidente do Benfica - Varandas Fernandes (aquele senhor de
óculos que costumava ser da oposição) - que, honra lhe seja feita, até estava a
cumprir um excelente mandato e a fazer a sua honrosa obrigação, mantendo-se de
boca fechada desde a tomada de posse.
Pois bem, a criatura decidiu sair da clausura a que se
tinha (e bem!) devotado e logo para discorrer sobre a renovação de Jorge Jesus,
despejando boca fora uma série de óbvias banalidades sem o mínimo conteúdo nem
qualquer interesse para o futuro do Benfica e da gestão do seu futebol.
Não creio, convictamente, que algo daquilo que foi dito,
vincule o Benfica e sobretudo o seu presidente, a única pessoa de que dependerá
a continuidade ou não de Jesus (para além da vontade do próprio, obviamente).
No entanto, que um vice-presidente do Benfica, nesta
altura da época, venha a público fingir que tem ideias sobre a renovação do
treinador, ainda para mais para dizer coisas brilhantes e profundas como “…Depende.
Nesta altura não sei… mas se ganhar, talvez…”, é coisa para nos deixar
preocupados, apreensivos e pouco confiantes quanto à forma como a questão se vai
resolver.
Há alguns anos, Vieira falou, enfadado,sobre os papagaios que existiam
no Benfica.
Eles aí estão, de novo: espécie colorida e engraçada mas
persistente, esta.
RC
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