Foi noticia que apareceu nos sites de alguns jornais desportivos durante o último fim de semana e que, possivelmente, ficou esquecida algures entre as desventuras da equipa do Dr. Fernando Gomes: Carlos Martins, sabendo já que não faz dos planos do mestre da táctica para a próxima época, está a tentar a desvinculação definitiva do Benfica para renovar pelo Granada.
Carlos Martins foi uma aposta pessoal de Rui Costa e cumpriu 3 belíssimas épocas no Benfica.
Na miserável época de 2010-2011 em que Jesus mostrou a massa de que é feito e se estatelou ao comprido, Martins foi mesmo, na minha opinião, o melhor jogador do Benfica.
Não foi, porém, suficiente: mesmo sem qualquer alternativa, a luminária que comanda os destinos do nosso futebol, tratou de o despachar em grande velocidade para o Granada, para depois passar a época em sobressalto devido à falta de qualquer alternativa para Pablo Aimar.
Gosto de Carlos Martins. Jogador raçudo, generoso que se entrega ao jogo e cedo percebeu o que era o Benfica.
Possui uma virtude que me agrada sobremaneira: nunca se esconde do jogo.
Erra? É, por vezes, demasiado impetuoso? Talvez mas assume o jogo e a vontade de fazer a diferença.
De resto, resolveu alguns jogos ao Benfica, precisamente devido a estas características.
Insuficiente, ao que parece, para o nosso treinador que nesta altura terá já na cartola uma boa meia-dúzia de talentos inequivocamente superiores a Carlos Martins.
Gostaria de saber o que pensa Vieira de tudo isto: não se trata só de estupidez pura ao abdicar de um internacional português. É também uma delapidação de um activo do clube.
Gostaria, sobretudo, de perceber o que vai na alma de Rui Costa, perante mais esta decisão de um treinador que continua a contrariar e desconsiderar as suas opções e a quem, aparentemente, continuam a ser dados plenos poderes para pôr e dispor em relação ao presente e ao futuro do futebol profissional do Sport Lisboa e Benfica.
RC
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