Ouvi há sensivelmente uma hora atrás, no rádio do carro, uma inenarrável
conferência de imprensa do seleccionador nacional e do seu pequeno Ronaldo.
Numa mistura de vergonha e constrangimento confirmei mais uma
vez que a classe dos jornalistas em Portugal é do mais imoral que há. De uma subserviência
sem limites, como ratos que procuram migalhas. Sem qualidade ou sem coragem. Ou
sem as duas juntas.
Verifiquei ainda que a boçalidade não tem limites. Mesmo um milionário,
como o pequeno capitão da nossa selecção, apesar do dinheiro que ganha,
consegue ser minúsculo. Como é que um homem que tem aparentemente tudo o que quer revela
tanta frustração. E já agora tanta ignorância. Ou como diria uma amiga minha: “falta
de chá”.
Ouvi um treinador, que apesar de jovem, chega a seleccionador
do seu país, o mais alto degrau da profissão e em vez de transmitir
generosidade e compreensão, passa para fora rancor e sede de vingança. A ameaçar no
seu portunhol que independentemente do resultado final do campeonato o vão
ouvir a dizer umas “verdades”. As suas verdades. Como se ter uma opinião
contrária à maioria fosse crime. (não esquecer que este é aquele tipo de risca ao
meio que apaga a televisão do café do Sr. António e o obriga a mudar para a
TDT)
Isto não era grave se não fosse o treinador da selecção do
meu país e o capitão e melhor jogador da equipa. A nível futebolístico sinto
que não sou deste tempo.
JL
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