A cronologia dos acontecimentos é
esta:
Em 2008 o Benfica surpreende ao adquirir
por 5 milhões 50% do passe de Sidnei Rechel da Silva Júnior, um muito jovem zagueiro
brasileiro. Apesar da presença assídua nos vários escalões da selecção brasileira,
dar 5 milhões por metade dos direitos de um jovem central, sem provas dadas,
está ao nível do disparate que foi mais tarde os 8,5 milhões que custou Roberto
Jiménez Gago.
No entanto, o beque brasileiro
entrou como uma flecha no onze de Quique Flores. Exibições convenientes, golos
decisivos, capas de jornais. Embora fosse perdendo fulgor conforme o Benfica de
Quique ia perdendo o contacto com o primeiro lugar, manteve a titularidade
muito graças ao desvio do David Luiz para a esquerda.
Chega Jorge Jesus e encontra um Sidnei
que regressa bastante anafado das férias. Entre uma dieta rigorosa e os bons
resultados da dupla David Luiz e Luisão, desaparece da equipa. Não obstante
este facto, a SAD numa das suas habituais fugas para a frente ou numa decisão
com intuitos no mínimo nebulosos decide pagar 2 milhões de euros por mais 20%
do passe.
Quando a meio da segunda época do
mago da Reboleira o Chelsea vem cá buscar o David Luiz, pensou-se que
naturalmente Sidnei iria consolidar-se no lugar de companheiro de Luisão. Mas JJ
dá preferência a um central de corpo rígido e técnica duvidosa comprado por
tuta e meia ao Olhanense.
O tempo de contrato ia passando e o
Benfica a ver os 7 milhões a voarem. Como quem tenta um último sprint antes da
meta surge a oportunidade Besiktas. Num campeonato endinheirado e num clube com
vários jogadores portugueses, tinha tudo para dar certo, ou seja, uma possível venda.
Mas tudo corre mal. Sidnei volta a atrair-se
fatalmente pela feijoada (ou pelo Kebab), ganha peso, tem lesões e é indisciplinado
QB. Resultado: é devolvido à procedência.
Temos agora um jogador que custou 7
milhões e acaba contrato em 2013, sendo livre já em Janeiro. Que já deu provas
da sua qualidade, bastando para isso controlar a sua atracção pelos hidratos de
carbono.
Mas Jesus não o quer e ao contrário
das equipas de sucesso, no Benfica o treinador manda, mesmo que se deite 7
milhões para o lixo. Uma SAD com a pirâmide hierárquica bem definida faria tudo
para manter este activo.
JL
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