Dando seguimento aos post de 30 de Maio e 3 de Junho, chega a
vez de olhar (com o rigor de um apaixonado) para as opções que o Mestre da
Táctica tem ao nível de extremos e pontas de lança.
Extremos:
Para quem não sabe no Benfica de Jesus os extremos são
aqueles que jogadores que estando na direita têm de ter a preocupação de se
desviar de forma a não incomodar a correria do Maxi Pereira, estando à esquerda
têm de ter o cuidado de não passar a bola ao lateral, caso este se chame
Emerson.
Depois desta explicação e sabendo que JJ não vai mexer no Bruno César e rezando a todos os
santinhos que mantenha o Nolito, apesar
da embirração notória com o espanhol, a grande dúvida em relação à equipa do
ano passado é o Sr. Gaitan. A este
respeito vou arriscar um prognóstico antes do jogo: O Gaitan não vai ser vendido (espero muito vir a engolir estas
palavras).
Nico Gaitan é dos jogadores mais
sobrevalorizados do plantel. Reconheço que tem arte e talento, que inventa
espaços e coloca a bola onde muitos não sonham, mas apesar disto não me
convence. Não me convence porque é um jogador que não sabe aproveitar a
habilidade que tem e isso é das coisas que mais irrita. Na maior parte dos
jogos não faz a diferença, da bancada olhamos para ele e parece que fica
ausente de repente, com o olhar vazio, a pensar não sei em quê. A única vez que
me lembro de o ver verdadeiramente a assumir e a ir à procura do jogo, foi em
casa com o Manchester. Porque terá sido? Simples coincidência? Não sei se é
preguiça ou simples embirração minha, mas sinceramente vender Gaitan pelos
valores anunciados seria a sorte grande para o Benfica.
Mas vou assumir a saída do Nico Gaitan. Assim sendo, com a entrada do promissor Ola John ficamos 3 extremos
assegurados. Penso ser razoável o Benfica ter pelo menos quatro no plantel.
Vejamos então os que o Benfica tem sob contrato: Melgarejo (mostrou serviço no Paços e
foi para isso que foi emprestado) Yartei
(que grande época no Servette), Fernandéz
(uma teimosia do senhor Jesus), Urreta
(de empréstimo a empréstimo até à dispensa final?), Enzo Pérez (um erro de casting que custou milhões) e Derlis Gonzales (equipa B). E ainda dois
avançados que podem jogar na posição: Rodrigo
e Yannick Djaló.
E se sempre vier o Salvio?
Esta gente volta toda a ser emprestada?
Pontas-de-lança:
Neste campo prevejo que ainda vai haver grandes
movimentações. O Benfica necessita de dinheiro e o que não falta na Luz são
avançados.
Por exemplo, sinceramente não me parece que o Saviola fique. Se sair deixa saudades.
Em forma é um jogador impar, mas na última época esteve numa baixa de forma
insuportável e fazia muito jeito ao Benfica poupar o seu chorudo ordenado.
Já a venda Óscar
Cardozo afigura-se mais difícil, embora desejável. Marca uma época no
Glorioso, mas pela idade que tem é a última possibilidade de se fazer algum
dinheiro com o Paraguaio. Posso estar muito enganado, mas devido à sua
estrutura física é um jogador que vai envelhecer mal. É provável que tenha uma
crescente quebra de rendimento.
Mas também pode vir uma surpresa negativa para os lados do Nelson Oliveira ou do Rodrigo. Pelo menos é o que se via
lendo. Não me agradaria nada. Nelson
Oliveira sendo um oásis no panorama nacional no que diz respeito a pontas-de-lança,
é um jogador que tem evoluído muito. O Rodrigo
vai ser titular da selecção espanhola e vai valer muito mais do que vale
agora. Não tenham dúvidas.
Saindo um ou dois dos quatro referidos acima, caberia no
plantel mais dois ou três avançados/pontas-de-lança. Vejamos então:
Sob contrato temos: Hugo Vieira (a novidade) Yannick
Djaló (aposta de Jesus, deve ficar), Rodrigo
Mora (boa época no Peñarol, deve continuar emprestado), Djaniny (equipa B), Franco Jara (a emprestar provavelmente),
Alan Kardec (vender, mas não ao
Santos) Alípio (desaparecido) Manuel Liz (equipa B) e Eder Luiz (vender).
Não obstante este rol de homens golo, ainda alimentam as
capas dos jornais: Michel (Paços de Ferreira)
Mauro Caballero (Libertad), De jong (Twente) e mais uns dez que vão
aparecer até fechar o mercado.
Muito por onde escolher.
O mais interessante é que a lógica “Jesusiana” é
imprevisível. E no final do defeso isto vai surgir tudo baralhado e muito do
escrevi atrás deixará de fazer sentido.
JL
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