Anda pela net um grande alarido devido ao aumento dos Redpass. Também eu recebi o e-mail para renovar e pelas contas fiz o valor reflete simplesmente o aumento do IVA. É certo que a Direção há uns meses afirmou que iria absorver esse aumento, mas não me parece que fizesse sentido uma medida de diminuição de receitas neste momento.
O devemos ter em atenção é a politica de bilheteira, nomeadamente as borlas sem qualquer critério e o preço dos bilhetes para não sócio.
O nosso famoso departamento de marketing é constituído por gente que antes de vir para o Benfica pensava que só havia relva em campos de golfe. É gente que nunca chegou a pisar o antigo terceiro anel, nem teve duas ou três horas na rampa a aguardar a abertura de portas. Que jamais assistiu um jogo à chuva enregelado até aos ossos. Que nunca sentiu na pele o que é andar atrás do Benfica por esse país fora, assistir a jogos em autênticos quintais, a horas impróprias.
Por isso estes especialistas têm cometido nas últimas épocas, talvez até com a melhor das intenções, autênticos atentados à nossa dignidade. Quem não se lembra das borlas tardias para jogos da Liga dos Campeões, depois daqueles que estão presentes já terem gasto o seu dinheiro. Num dos jogos até os sócios do INATEL tiveram direito a bilhetes grátis.
É necessário encher o estádio? Criar ambiente? Ofereçam a quem tem dado mais ao clube.
A outra questão relevante é o preço dos não sócios. Como obvio, quem é verdadeiramente Benfiquista não é sócio por questões monetárias. Um verdadeiro Benfiquista não faz contas. Se eu vivesse na Lapónia continuaria a pagar as minhas quotas assiduamente. No entanto, é desmoralizante para quem paga uma quota de 12 euros mensais verificar que a diferença de preço de um bilhete para os não sócios é de apenas 5 euros.
É necessário atrair novos públicos para o estádio, nomeadamente nos jogos menos atrativos? Desenvolvam uma política ativa em relação aos acompanhantes de sócio. Ofereçam bilhetes extra aos detentores de Redpass que sejam mais assíduos.
Mais do que refletirmos sobre este aumento, consequência da política fiscal deste governo, importa olharmos para a política do clube no que diz respeito à fidelidade associativa, que está longe de ser séria e rigorosa.
JL
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