Até um relógio parado está certo duas vezes por dia.
Com o devido respeito por um vice-presidente do Benfica
democraticamente eleito, esta máxima adequa-se quase na perfeição a Rui Gomes
da Silva: umas vezes fala de mais, outras de menos, mas qual relógio parado até
ele pode ter o seu momento de glória.
Recentemente, Rui Gomes da Silva acertou em cheio e por
duas vezes.
Da primeira, quando ironizou sobre um próximo Sporting-Porto:
joga contra quem?
Nada mais certo, atendendo à promiscuidade que por ali vai
e que mais tarde ou mais cedo se concretizará na plena e orgulhosa assunção do
Sporting como filial lisboeta de um dos clubes mais corruptos da Europa.
Depois e ainda mais certeira, uma frase sobre Jesus: “falta
uma coisa: dar a ideia de que vai ganhar e não apenas de que pode ganhar”.
Em cheio!
É definitivamente o ponto fraco do nosso treinador,
sobretudo em jogos contra equipas mais fortes: o habitual fanfarrão (embora
actualmente bem mais prudente e sensato, registe-se a evolução) dá lugar ao
cordato cordeirinho: quem não se lembra, por exemplo, das declarações quase
apavoradas a propósito do brutamontes Hulk antes de um tristemente célebre Porto-Benfica?
A ver vamos o que nos reserva o jogo de hoje: mais do que
as declarações prudentes de Jesus, interessa-me a atitude da equipa: ou sabe ao
que vai e tem de ir preparada para tudo (mas mesmo tudo!) ou ainda não será
desta que Jesus ganhará em Braga ao serviço do Benfica.
Acredito, no entanto, num Benfica forte e mandão, humilde
mas determinado: chegou a hora das grandes decisões e Jesus sabe-o melhor do
que ninguém.
É que era só o que faltava que o submisso Braguinha se
transformasse num papão para o Glorioso!
RC
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