O Jorge Jesus pensa que é mais inteligente do que realmente é.
Pior, pensa que é mais inteligente que toda a gente. Vai daí e toca de colocar uma
equipa que ninguém esperava. È a forma de ele demonstrar que sabe mais que
todos. Podia ter resultado? Pois podia. No outro dia atirei uma bola de costas
e acertei no cesto, mas isso não fez de mim um génio do basquetebol.
Acontece que a equipa nunca se encontrou e nunca pegou no
jogo. Os jogadores tentavam passar a bola e não encontravam o colega no sítio
do costume. Pudera, estava tudo trocado. Resultado, não mais de dois passes
seguidos. Meio campo perdido, com o Witsel e o Javi a fazerem quilómetros. O Cardozo
sem apoio, o Rodrigo sem referencia, o César sempre fora de tempo.
O Braga não é o Estoril ou o Beira-Mar e existe esta ideia antiquada
que o Benfica tem de jogar com dois pontas-de-lança. Para jogar com dois
pontas-de-lança, ficam a sobrar oito jogadores de campo. Contra equipas como o
Braga a manta pode ser curta.
Depois existe algo que ultrapassa toda a lógica. O Jesus
convoca apenas dois PL. O Cardozo e o Rodrigo. Mandaria a precaução que um deles
ficasse no banco para alguma eventualidade. E se o Cardozo de lesionasse na primeira
parte?
Se houve jogadores que se destacaram na pré-época foi o
Enzo e o Martins. Um entrou quase no fim, o outro nem sequer jogou. Deve ser
muito motivador para um jogador. E o defesa-esquerdo? Como é que ninguém
convence o homem que o Benfica necessita mesmo de um defesa-esquerdo? A julgar
pelos jornais de hoje, parece que é desta.
O Benfica acaba por ser feliz, apesar do azar. Não me lembro de
um ataque perigoso do Braga para além dos falhanços do Benfica. Mas também não
me recordo de uma exibição tão feia na época Jesus. Atabalhoado e desorganizado.
Mesmo contra 10, o Benfica nunca conseguiu pegar no jogo.
Por fim, não entendo o elogio do Jesus ao Arbitro. Aquilo foi
para quê? Mais um tiro no pé.
JL
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