Não terá havido na história dos estádios de futebol, local
tão mítico como o antigo 3º anel.
Impressionava e arrepiava até despido de público, na fria crueza
do betão.
Esmagador, imponente, acredito que aterrador para adversários,
ainda que calejados e rodados em ambiente adversos e hostis.
Vê-lo de frente, cheio, a abarrotar, com gente a trepar
até às torres de iluminação, era um choque para quem nos visitava, hoje não
tenho dúvidas.
Um tributo, pois, ao velho 3º anel.
Sem saudosismos bacocos e inúteis, mas com o respeito que
se deve a tempos gloriosos, a pedaços de história inolvidáveis e infelizmente
irrepetíveis.
Quem o viu não esquece; quem lá esteve nem que fosse por
uma vez, muito menos.
Debaixo de sol abrasador, sob chuva torrencial, fazendo
parte daquele povo imenso, desvairado, feliz, exuberante, enlouquecido e
enrouquecido até à exaustão.
Era tudo isso, o 3º anel, mas ainda muito mais: local
simbólico de um clube do povo, que do alto daquela bancada mítica, se fez enorme
e derrotou tudo e todos.
Quem esteve no meio do bruaá imenso, não esquecerá nunca.
Quem sentiu a gigantesca estrutura abanar ao ritmo da
batida de dezenas de milhares de pés, muito menos.
Quem sentiu o urro unânime e irreal de Benfica!Benfica!Benfica!
arrepiar-se-à ainda hoje.
RC
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