Pinto da Costa poucos minutos depois de ganhar a Supertaça
fez um comentário sobre um incidente ocorrido na mesma tarde num jogo particular
do Benfica. Num país com jornalistas sérios ter-se-ia logo questionado o porquê
de um presidente dar mais importância aos outros que ao seu próprio
clube. Muitos concluiriam que era um sinal de menoridade.
Tivesse o Benfica um gabinete de comunicação como deve ser e
o clube teria uma mão cheia de articulistas a dissecar estas palavras durante a
semana. Aproveitariam para colocar o Pinto no ridículo, por estar a falar de um
jogo particular, em que a sua equipa nem entrou, em vez de comentar a “grande e
difícil “ vitória do seu clube.
Nada disto se fez. Nenhum benfiquista que tem o privilégio de
falar na comunicação social veio a terreiro aproveitar esta benesse. Continuámos
a afundar-nos, dia após dia, no caso Luisão e nada sobre Pinto da Costa. Este
facto pode demonstrar uma de duas coisas, ou ambas, falta de força na CS e falta
de estratégia.
Mandava o bom senso e o Bê-á-bá da gestão comunicacional que
perdido o timing o Benfica não dissesse mais nada sobre as inconvenientes e caricatas
palavras do Costa. Mas não. Contra tudo o que é aconselhável é o próprio Presidente,
em ambiente de comício, que decide responder à letra ao senhor da fruta. O erro
do costume.
Disse alguma mentira? Claro que não. Mas não tinha, nem devia, de
ser ele a dizer alguma coisa. Acresce que perdeu completamente o sentido de oportunidade e
deu uma enorme vantagem ao outro lado, que passadas poucas horas veio responder
com 2 ou 3 tiradas, que apesar de intelectualmente desonestas foram ditas sem
ler e em tom de resposta aos jornaleiros de serviço.
Perdeu o Benfica uma boa ocasião para melindrar o FCP e deu
possibilidade de se montar o circo do costume no dia da primeira jornada, como
tanto gostam os de lá de cima. É assim há anos e nunca mais aprendemos.
JL
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