É certo que o que se escreve nos jornais vale o que vale. Umas
vezes é fumo sem fogo, um fumo que é só poeira para os olhos, outras vezes esse
fumo vem de um fogo, que pode ser uma chama pequena, mas que arde e queima.
Hoje n´A Bola fala-se da possibilidade de Sidnei jogar na
equipa B. Nada contra, até porque eu pensava que a equipa B poderia, entre
outras coisas, servir para recuperar jogadores e dar-lhes ritmo e competitividade.
Mas isso foi antes de ver que a equipa B era mais uma razão para comprar
autocarros de jogadores. Se na época anterior tínhamos quase 70 jogadores sob
contrato, receito que no final desta época o número já se aproxime da centena.
Seria portanto uma notícia agradável, porque se há coisa que
abomino e penso que dá uma imagem decadente e pouco profissional do clube é existirem
jogadores como proscritos a treinarem-se à parte.
Entretanto, no final do artigo de A Bola explica-se que ainda
se equacionou o reingresso do jogador no plantel principal, no entanto, Jorge Jesus
matou logo o tema à nascença. Não conta com o jogador e pronto. Mesmo que seja necessário
um substituto para o Luisão.
Pode ser só conversa de jornais? Pois pode. Mas os sinais e exemplos
anteriores leva a pensar que não o é. E como a política de informação do Benfica
é adversa ao esclarecimento, só podemos de reflectir sobre os factos que
conhecemos.
Voltemos ao caso Sidnei. A este propósito convém explicar que
Sidnei foi um enorme investimento do clube. E convém esclarecer a alguns funcionários
do clube, grupo no qual se inclui o contratado a prazo Jorge Jesus, que o
Benfica não é um clube rico e que pertence a um país que está longe de ser o
Dubai.
Não me vou repetir sobre as qualidades do Sidnei, já o fiz aqui. Mas é consensual que é um jogador com potencial, certamente mais, muito
mais, que o Jardel. Fechar completamente as portas da equipa principal só
porque o treinador é de ideias fixas, é bonito e tem alguma graça num Real Madrid
ou um num Manchester United. No Benfica, clube cujos gestores dizem em voz alta
que é necessário vender para equilibrar as contas, é simplesmente estúpido.
Jorge Jesus pode ter tido uma importante quota de
responsabilidade na potenciação de alguns jogadores, permitindo elevados
encaixes financeiros, mas também é responsável por muitos milhões desperdiçados.
Pode saber bem no presente este clima de afeição típico da
síndrome de Estocolmo, mas diz a história que estar refém de um treinador não traz
um futuro lá muito saudável a um clube.
JL
As teimosias de Jesus, as manias de Jesus, as embirrações de Jesus, as invenções de Jesus.
ResponderEliminarOk, o Fábio foi vendido por 30 milhões , mas isso mal chega para os jogadores que ele já queimou e para manter o inútil do Gaitán.
Porra pró homem que é teimoso!
Concordo que o Sidnei seja reintegrado na equipa A, B ou nem que fosse a C. Ou que seja emprestado.
ResponderEliminarÉ um activo do Sport Lisboa e Benfica e deve ser valorizado. E também concordo que o jogador deve ser respeitado, tal como ele deve respeitar a vontade do treinador.
Agora que o Sidnei tire o lugar ao Jardel, discordo em absoluto. E muito menos ao Miguel!
Quanto ao Jesus ser parvo... É (lamentavelmente) um facto.