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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

SÍNDROME DE ESTOCOLMO

É certo que o que se escreve nos jornais vale o que vale. Umas vezes é fumo sem fogo, um fumo que é só poeira para os olhos, outras vezes esse fumo vem de um fogo, que pode ser uma chama pequena, mas que arde e queima.   
Hoje n´A Bola fala-se da possibilidade de Sidnei jogar na equipa B. Nada contra, até porque eu pensava que a equipa B poderia, entre outras coisas, servir para recuperar jogadores e dar-lhes ritmo e competitividade. Mas isso foi antes de ver que a equipa B era mais uma razão para comprar autocarros de jogadores. Se na época anterior tínhamos quase 70 jogadores sob contrato, receito que no final desta época o número já se aproxime da centena.

Seria portanto uma notícia agradável, porque se há coisa que abomino e penso que dá uma imagem decadente e pouco profissional do clube é existirem jogadores como proscritos a treinarem-se à parte.   

Entretanto, no final do artigo de A Bola explica-se que ainda se equacionou o reingresso do jogador no plantel principal, no entanto, Jorge Jesus matou logo o tema à nascença. Não conta com o jogador e pronto. Mesmo que seja necessário um substituto para o Luisão.

Pode ser só conversa de jornais? Pois pode. Mas os sinais e exemplos anteriores leva a pensar que não o é. E como a política de informação do Benfica é adversa ao esclarecimento, só podemos de reflectir sobre os factos que conhecemos.

Voltemos ao caso Sidnei. A este propósito convém explicar que Sidnei foi um enorme investimento do clube. E convém esclarecer a alguns funcionários do clube, grupo no qual se inclui o contratado a prazo Jorge Jesus, que o Benfica não é um clube rico e que pertence a um país que está longe de ser o Dubai.   

Não me vou repetir sobre as qualidades do Sidnei, já o fiz aqui. Mas é consensual que é um jogador com potencial, certamente mais, muito mais, que o Jardel. Fechar completamente as portas da equipa principal só porque o treinador é de ideias fixas, é bonito e tem alguma graça num Real Madrid ou um num Manchester United. No Benfica, clube cujos gestores dizem em voz alta que é necessário vender para equilibrar as contas, é simplesmente estúpido.

Jorge Jesus pode ter tido uma importante quota de responsabilidade na potenciação de alguns jogadores, permitindo elevados encaixes financeiros, mas também é responsável por muitos milhões desperdiçados.   

Pode saber bem no presente este clima de afeição típico da síndrome de Estocolmo, mas diz a história que estar refém de um treinador não traz um futuro lá muito saudável a um clube.

JL

2 comentários:

  1. As teimosias de Jesus, as manias de Jesus, as embirrações de Jesus, as invenções de Jesus.
    Ok, o Fábio foi vendido por 30 milhões , mas isso mal chega para os jogadores que ele já queimou e para manter o inútil do Gaitán.
    Porra pró homem que é teimoso!

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  2. Concordo que o Sidnei seja reintegrado na equipa A, B ou nem que fosse a C. Ou que seja emprestado.
    É um activo do Sport Lisboa e Benfica e deve ser valorizado. E também concordo que o jogador deve ser respeitado, tal como ele deve respeitar a vontade do treinador.

    Agora que o Sidnei tire o lugar ao Jardel, discordo em absoluto. E muito menos ao Miguel!

    Quanto ao Jesus ser parvo... É (lamentavelmente) um facto.

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