Esta decisão do Conselho de Justiça de voltar a permitir os
empréstimos de jogadores a clubes mesmo escalão pode voltar-se contra o Benfica
da mesma forma que se voltou o apoio ao Fernando Gomes.
É reconhecida que a nossa política de empréstimos não segue estratégia
alguma. Se me pedissem uma lista com os clubes que, nos últimos anos, mais têm
andado de mão dada com o FCPorto, iria incluir nos lugares cimeiros o
Belenenses, o União Leiria e o Vitória de Setúbal. Os dois primeiros têm
recebido jogadores do Benfica até à exaustão, os de Setúbal vão ser
presenteados esta época com o Miguel Rosa.
Está mais que visto que o Benfica não colhe simpatias
particulares por emprestar jogadores a outros clubes. O mesmo já não acontece
com a organização de Palermo. Sempre de passadeira azul. Basta fazer um
apanhado das declarações pós-jogo dos vários treinadores nos jogos contra um e
outro.
Com o nome do Benfica diretamente ligado ao chumbo da medida,
os das Antas vão ter o caminho aberto e a moral necessária para além de
encherem os clubes com técnicos sobre a sua alçada ainda brindarem os clubes
com mais alguma atençãozinha.
Acresce que esta questão dos empréstimos devia ser utilizada
com parcimónia. Não me parece boa política emprestar os jogadores, sem depois os
acompanhar, sem um plano de carreira ou um percurso conjecturado. Os exemplos
são muitos. Ainda hoje foi vendido o Yartey, o Ryan Giggs ganês, sabe-se
lá porque montante, porque acabava o contrato para o ano. Ontem o Miguel Rosa foi
brindado com o quinto empréstimo. Airton, Jara ou Sidney, que não foram nada
baratos, mas que andam num limbo, época após época.
JL
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