O homem
deve ser um fenómeno, um portento, alguém que sozinho ganha 2 ou 3 campeonatos.
Falo, é
claro, de Rojo, a estrela da nova telenovela das “Produções Benfica”.
Mais uns
quantos capítulos: está quase, por um fio, mais um esforço, já está, não custa
nada, afinal ainda não. Mais complicado e doloroso, portanto, do que arrancar
um dente do siso.
Sinceramente
não sei de quem é a culpa, nem a dose de contra-informação que há em tudo isto.
Parece-me,
apenas, que o Benfica se humilha desnecessária e frequentemente por um Rojo qualquer.
Se é falta
de poder negocial (leia-se dinheiro), se é inabilidade pura, eis a dúvida.
Por falar
em inabilidade, falemos de Enzo Pérez. Ao que parece este argentino versão
menino da mamã que nos custou quase 7 milhões de euros, prepara-se para levar a
dele avante, ficando na Argentina mais uma época, desta vez cedido ao River
Plate.
Erro
crasso: ao abrir um precedente deste tipo, o Benfica dá-se manifestamente ao
desrespeito.
Enzo Pérez
teria, pelo menos, que fazer a viagem até Lisboa e apresentar-se amanhã ás 8 da
manhã no Seixal, tal como qualquer dos seus colegas com contrato de trabalho
com o Benfica.
Como gestão
de recursos humanos é mau; como exemplo para os demais jogadores é péssimo;
como gestão de um activo que custou o que sabemos, prefiro nem comentar.
Luís Filipe
Vieira, na inauguração da casa de Peniche afirmou que “vamos arrancar para uma
nova época com confiança e vamos contar com um plantel de enorme qualidade e
com muitas soluções, um plantel que qualquer clube da Europa se orgulharia de
ter”.
Como
quase tudo o que diz respeito ao Benfica, não foi pacífica a reacção às afirmações
de Vieira por alegadamente serem uma forma de pressão sobre Jorge Jesus.
Vejamos,
pois: descontado o inevitável populismo e o ambiente de exaltação que
inexoravelmente se vivem nestes momentos e que acabam por propiciar frases mais
carregadas, não consigo perceber onde está a gravidade da questão.
Evidentemente
que seria preferível Vieira não se perder em considerandos sobre a equipa de
futebol, mas o tema é demasiado caro aos benfiquistas para que possa ser
deixado ao abandono, sobretudo numa ocasião como esta.
Quanto à
pressão sobre Jorge Jesus, por favor, deixemo-nos de falsos pudores.
Um
treinador que perdeu o que Jesus já perdeu nestes 3 anos e sobretudo da forma
como perdeu, tem, evidentemente, que ser pressionado.
E muito.
A não se
registarem saídas de vulto (e este é verdadeiramente o busílis da questão!) este
é, de facto, um excelente plantel.
Se
depois, o “mestre da táctica” aguenta ou não a pressão, cá estaremos para ver,
conscientes de que é essa a fronteira entre os treinadores medianos e os
grandes.
Lê-se e não
se acredita.
O que
Seara escreve hoje em “A Bola” sobre Proença, é um dos exercícios mais
invertebrados, rastejantes e execráveis a que já assisti, por parte de alguém
que se arroga a pretensão de falar em nome do Benfica.
Não que me
surpreenda: dali espero tudo, menos um apontamento de frontalidade, de coragem,
de firmeza.
Basta,
aliás, ver a forma como, semanalmente, a figura é escarnecida e não poucas
vezes humilhada pelos colegas paineleiros.
O que não
entendo é que haja benfiquistas que em tal personagem vejam um putativo
candidato ao que quer que seja no Benfica.
Lê-se e não
se acredita.
Um vómito,
um nojo.
A
vergonha!
Ao que
parece, Emerson, vai passar de titular indiscutível ainda que contra tudo e
contra todos (e sobretudo contras as evidências e as conveniências da equipa…)
a dispensável.
A coerência
segundo Jorge Jesus.
RC
Sem comentários:
Enviar um comentário