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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

SOLTAS DO FIM DE SEMANA


O homem deve ser um fenómeno, um portento, alguém que sozinho ganha 2 ou 3 campeonatos.
Falo, é claro, de Rojo, a estrela da nova telenovela das “Produções Benfica”.
Mais uns quantos capítulos: está quase, por um fio, mais um esforço, já está, não custa nada, afinal ainda não. Mais complicado e doloroso, portanto, do que arrancar um dente do siso.
Sinceramente não sei de quem é a culpa, nem a dose de contra-informação que há em tudo isto.
Parece-me, apenas, que o Benfica se humilha desnecessária e frequentemente por um  Rojo qualquer.
Se é falta de poder negocial (leia-se dinheiro), se é inabilidade pura, eis a dúvida.


Por falar em inabilidade, falemos de Enzo Pérez. Ao que parece este argentino versão menino da mamã que nos custou quase 7 milhões de euros, prepara-se para levar a dele avante, ficando na Argentina mais uma época, desta vez cedido ao River Plate.
Erro crasso: ao abrir um precedente deste tipo, o Benfica dá-se manifestamente ao desrespeito.
Enzo Pérez teria, pelo menos, que fazer a viagem até Lisboa e apresentar-se amanhã ás 8 da manhã no Seixal, tal como qualquer dos seus colegas com contrato de trabalho com o Benfica.
Como gestão de recursos humanos é mau; como exemplo para os demais jogadores é péssimo; como gestão de um activo que custou o que sabemos, prefiro nem comentar.


Luís Filipe Vieira, na inauguração da casa de Peniche afirmou que “vamos arrancar para uma nova época com confiança e vamos contar com um plantel de enorme qualidade e com muitas soluções, um plantel que qualquer clube da Europa se orgulharia de ter”.
Como quase tudo o que diz respeito ao Benfica, não foi pacífica a reacção às afirmações de Vieira por alegadamente serem uma forma de pressão sobre Jorge Jesus.
Vejamos, pois: descontado o inevitável populismo e o ambiente de exaltação que inexoravelmente se vivem nestes momentos e que acabam por propiciar frases mais carregadas, não consigo perceber onde está a gravidade da questão.
Evidentemente que seria preferível Vieira não se perder em considerandos sobre a equipa de futebol, mas o tema é demasiado caro aos benfiquistas para que possa ser deixado ao abandono, sobretudo numa ocasião como esta.
Quanto à pressão sobre Jorge Jesus, por favor, deixemo-nos de falsos pudores.
Um treinador que perdeu o que Jesus já perdeu nestes 3 anos e sobretudo da forma como perdeu, tem, evidentemente, que ser pressionado.
E muito.
A não se registarem saídas de vulto (e este é verdadeiramente o busílis da questão!) este é, de facto, um excelente plantel.
Se depois, o “mestre da táctica” aguenta ou não a pressão, cá estaremos para ver, conscientes de que é essa a fronteira entre os treinadores medianos e os grandes.




Lê-se e não se acredita.
O que Seara escreve hoje em “A Bola” sobre Proença, é um dos exercícios mais invertebrados, rastejantes e execráveis a que já assisti, por parte de alguém que se arroga a pretensão de falar em nome do Benfica.
Não que me surpreenda: dali espero tudo, menos um apontamento de frontalidade, de coragem, de firmeza.
Basta, aliás, ver a forma como, semanalmente, a figura é escarnecida e não poucas vezes humilhada pelos colegas paineleiros.
O que não entendo é que haja benfiquistas que em tal personagem vejam um putativo candidato ao que quer que seja no Benfica.
Lê-se e não se acredita.
Um vómito, um nojo.
A vergonha!


Ao que parece, Emerson, vai passar de titular indiscutível ainda que contra tudo e contra todos (e sobretudo contras as evidências e as conveniências da equipa…) a dispensável.
A coerência segundo Jorge Jesus.


RC

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