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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


domingo, 1 de julho de 2012

ENTRINCHEIRADOS EM CASA


Ainda a política de comunicação Benfica. È dos livros que quando uma instituição (esta é à LFV) não pode fugir ao facto de ter uma presença constante na Comunicação Social, deve produzir ela própria noticias positivas, sob pena da CS não ter alternativa se não a especulação, inventando ou adivinhando notícias, muitas delas causadoras de desestabilização.

É triste verificar que basta ler os jornais desportivos para ficarmos a saber mais dos projectos dos nossos vizinhos do Lumiar do que os do Glorioso, mesmo complementando com a leitura do jornal “O Benfica”, assistindo à “Benfica TV” e correndo tudo o que é Sites e blogues sobre o clube.

É um desconsolo passar as páginas da edição desta semana do jornal do Clube. Tudo um rol de lugares comuns, palavras e mais palavras sobre factos que já estamos fartos de conhecer. Nem uma nova notícia, nem uma entrevista interessante, nada. Na BTV é a mesma coisa. Por exemplo, o programa “em linha” da semana que passou, com o Vice-Presidente e o treinador de Hóquei, foi apenas um desfilar de congratulações e cumprimentos.

Sei que o segredo é alma do negócio, mas existe algum risco em divulgar o que está projectado para o estádio do Bravo? Poderá colocar em causa alguma coisa levantar um pouco o véu sobre o futuro Museu? Não era mais motivador para sócios e adeptos se as entrevistas aos treinadores e secretários técnicos das modalidades versassem mais sobre o futuro e menos sobre o passado?

Há milhares de benfiquistas que não têm a mínima noção do trabalho que é feito na formação, nas modalidades, nas casas ou na Fundação Benfica. Não há um único articulista ou paineleiro ligado ao Benfica que divulgue as nossas conquistas, a nossa história, a nossa actividade. Ao sábado o jornal “A Bola” tem um tipo, adepto de um clubezito com mais fama que proveito, que ocupa uma página inteira e que aproveita para escrever as maiores alarvidades, alterando factos, inventando outros. Esta narrativa, mesmo falsa, tem infelizmente mais efeito do que todo o nosso jornal.

O Benfica tem de transmitir uma imagem para o exterior de um clube dinâmico, focado no futuro, com projectos estimulantes. Não é entrincheirado que o consegue. Se o clube tem um grupo de comunicação invejável ao nível dos meios, ele não deve servir para se isolar e criar uma barreira com a envolvente. A virtude está no equilíbrio entre dar músculo aos nossos meios (jornal, revista, canal) e a necessidade de mostrar à sociedade em geral que estamos na vanguarda do desporto nacional.

Não sabemos aproveitar a Comunicação Social a nosso favor. E considerando a necessidade que eles têm do Benfica para vender, não seria assim tão difícil.
JL

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